segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Pecado da Ingratidão

Ler Salmo 92 e Rom 1:17-23
Introdução
- Razão de estarmos aqui.
- Diferença entre dar graças e louvar:
- LOUVAR – Reconhecer a Deus pelo que Ele é!
- DAR GRAÇAS – Reconhecer a Deus pelo que Ele fez, faz e fará!


1. Gratidão agrada a Deus – Salmo 92:1

1. É comandada por Ele – Fil. 4:6

2. Cristo deu o Exemplo – Mt. 11:25; 26:27; João 6:11 e 11:41
Eucaristia – Ações de Graças. Fazei isso em memória de mim. O relacionamento do agradecimento com a memória, com a lembrança do que foi feito. (Atos 24:3, eucaristia traduzida como gratidão, no contexto coloquial)

3. As hostes celestes estão envolvidas – Apo 4:9; 7:11, 12; 11:16, 17

2. A Expressão da Gratidão REAL Vai Além das Palavras – Revela-se nas AÇÕES

O ponto principal é reafirmado por Jesus Cristo, em Mt. 7.21-22. OUVIR a Palavra de Deus não é o fim da jornada. O teste real é fazer a vontade de Deus (v. 24 – todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática).

É, portanto, possível que estejamos aqui, no meio de um “culto de ação de graças” mas com vidas e ações que não refletem a gratidão que dizemos professar. Como já disse alguém: O que você faz fala tão alto que não me deixa ouvir o que você diz.

O Catecismo de Heidelberg (escrito em 1563 para servir às necessidades das igrejas reformadas. Heildeberg – Alemanha, capital das províncias palatinas. 1517 – Lutero (34); 1536 – Calvino (27). Príncipe Frederico III; Gaspar Oleviano (26) – pregador; Zacarias Ursino (28) – professor na universidade; escrito para os jovens). Dividido em três partes PECADO (SIN), SALVAÇÃO (SALVATION) e SERVIÇO (SERVICE). Em sua terceira parte (ele é todo dividido, também, em domingos, ou seja, no 22º domingo), as perguntas 86 e 87 dizem o seguinte:

Perg. 86 Desde que somos libertos de nossa situação de miséria somente pela Graça, através de Cristo, sem nenhum mérito de nossa parte, porque temos de praticar as boas obras?
Resposta: Porque Cristo, tendo nos redimido por seu sangue, também nos renova, por seu Santo Espírito, em sua própria imagem, de tal forma que:
1. Com a totalidade de nossa vida possamos demonstrar que somos gratos a Deus por seus benefícios,
Rom 6.13; 12.1,2; 1 Pe 2.5-9; 1 Co 6.20

2. para que ele possa ser louvado por nós.
Mt 5.16; 1 Pe 2.12

3. Em adição a isso, para que cada um de nós possa ter a segurança própria de sua fé, pelos frutos que ela produz.
2 Pe 1.10; Mt 7.17; Gl 5.6, 22

4. Finalmente, para que, por intermédio do nosso santo caminhar, nossos próximos possam também ser ganhos para Cristo.
1 Pe 3.1, 2; Rm 14.19

Perg. 87 Podem, portanto, aqueles que não se voltam a Deus e continuam em suas vidas perversas e ingratas, serem salvos?
Resposta: De modo nenhum, pois as Escrituras declaram que nenhum impuro, idólatra, adúltero, ladrão, avarento, beberrão, caluniador, roubador e outros de comportamento semelhante, poderão herdar o Reino de Deus.
1 Cor 6.9; Ef. 5.5, 6; 1 Jo 3.14

Confissão de Fé de Westminter (1643-1649) – Catecismo Maior

Perg. 97 De que utilidade especial é a lei moral aos regenerados?
Resposta: Embora os que são regenerados e crentes em Cristo sejam libertados da lei moral, como pacto de obras, de modo que nem são justificados nem condenados por ela; contudo, além da utilidade geral desta lei comum a eles e a todos os homens, é ela de utilidade especial para lhes mostrar quanto devem a Cristo por cumpri-la e sofrer a maldição dela, em lugar e para bem deles, e assim provocá-los a uma gratidão maior e a manifestar esta gratidão por maior cuidado de sua parte em conformarem-se a esta lei, como regra de sua obediência.
Rm 6.14 e 7.46 Gl 4.4-5 Rm 3.20 e 8.1, 34 e 7.24-25
Gl 3.13-14 Rm 8.3-4 2 Co 5.21
Cl. 1.12-14 Rm 7.22 e 12.2 Tt 2.11-14

Esses dois símbolos de fé paralelos mostram que gratidão é demonstrada em comportamento que agrada a Deus, pela conformação com a Lei de Deus.

3. Ingratidão é a característica do ímpio (Rom. 1:21) mas, com freqüência, é encontrada no meio do Povo de Deus (Jo 1.11).
Como é evidenciada, na prática, a ingratidão?
1. Considerando pouco o que Deus faz por nós. Num 16.9 e 10
2. Esquecendo dos benefícios que Deus fez em nossas vidas. Sl 78.16-17; 27-32.
3. Esquecendo a Deus exatamente por causa das bênçãos que Ele nos concede. Deut 8.12; 32.6, 15, 18, 13.
4. Levando a pecados maiores – Esquecimento e ingratidão geram idolatria. Ju 2.11-12.
5. Provocando um sentimento que se amplia contra os servos fiéis de Deus. Ju 8.34-35; 1 Sm 8.7-8
6. Com abandono – Deus, esquecido, nos entrega às nossas paixões, aos falsos deuses. Ju 10.11-14.
7. Com uma reversão das prioridades de vida – Os ingratos são “amantes de si mesmos”. 2 Tm 3.2

Exemplos de Ingratidão – de homem para com homem.
1. Gn 40.23 (o copeiro c/ José)
2. Ex 16.3; 17.24; Nm 16.12-14 (o povo de Israel para com Moisés)
3. Ju 8.35 (o povo para com Gideão)

4. Conclusão:
Deus, com supremo amor, vem apelando à memória do Seu povo, contra ingratidão, para que o julgamento não caia sobre nós. Mq 6.3-4.

Gratidão, é lembrança. Ingratidão, esquecimento, memória curta, reversão de rumo e de prioridades. Temos noventa por cento de ingratidão no incidente dos leprosos curados em Lucas 17.11-19.

Quanta gratidão genuina será que Deus encontra em nossas vidas? O que encontramos na vida das pessoas, nos dias de hoje? Felicidade, contentamento, gratidão? Não...
Protestos
Demonstrações
Violência
Revolta
Quanto mais as pessoas se afastam da prática da fé cristã, mais a sociedade se revela amoral, perversa e ingrata.

O crente não vive movido pelas circunstâncias fluidas ao seu redor, pela ausência de padrões, existente no mundo, pela inconstância das pessoas, mas pela fé genuína enraizada no coração.

Quando estivermos participando da Santa Ceia, vamos nos lembrar que ela é uma festa de ação de graças, nos relembrando que em Cristo, Deus nos concede livremente todas as coisas (Rm 8.32).

Que Deus seja servido em nos livrar do pecado da ingratidão. Que não tenhamos memória curta. Que corramos para reparar os nossos erros, que nos ajoelhemos diante do trono da Graça, suplicando a Deus o nosso perdão pela ingratidão demonstrada em nossas vidas. Que procuremos os nossos irmãos, contra os quais fomos ingratos, maldizentes, esquecidos. Que sejamos exemplos de gratidão e serviço. Que participemos da Santa Ceia com a consciência tranqüila e em paz com Deus.

Fonte: http://www.solanoportela.net/sermoes/pecado_ingratidao.htm

Lei vs. Graça: Os Dez Mandamentos e a Graça de Deus

A conversão e o ensinamento de Paulo.

Sl 119.4 - "Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca".

Os Dez Mandamentos representam a forma objetiva de Deus indicar o que espera de cada um de nós. Deus não nos deu uma religião subjetiva, cujas doutrinas dependem da cabeça de cada um, mas ele nos escreveu objetivamente a sua palavra. Nessa palavra, na Bíblia, ele nos revelou a sua Lei Moral - sua vontade eterna às suas criaturas, refletindo a sua majestade e santidade.

Nos Dez Mandamentos conhecemos nossos limites e nossas obrigações. Comparando nossa vida, nossos desejos e inclinações com a Lei Santa de Deus, compreendemos a extensão de nossa pecaminosidade e verificamos que a salvação procede só de Jesus, pelo seu sacrifício supremo na cruz do Calvário.

Já vimos como Jesus resumiu os Dez Mandamentos em amar a Deus e ao próximo. Muitos têm procurado dissociar essa afirmação de Jesus do caráter objetivo dos Dez Mandamentos. Afinal, dizem esses, Jesus está falando simplesmente de amor, um sentimento subjetivo, e não do simples cumprimento objetivo da lei. Um autor inglês, Joseph Fletcher, desenvolveu toda uma visão ética construída em cima do que poderíamos chamar de "casuísmo cristão" (tomou o nome de ética situacionista). Fletcher defendeu que não existem regras absolutas mas o comportamento certo ou errado depende da situação. Em sua filosofia, o único ponto de aferição a ser seguido é - "aja de forma a demonstrar o máximo de amor possível". Essas palavras, que parecem boas e cristãs, são extremamente perigosas, pois cada um passa a ser juiz de suas próprias ações e sempre poderá racionalizar comportamentos pecaminosos apelando para uma ou outra suposta forma de amor demonstrado, nem que seja o amor por si próprio.

Contrariando essa filosofia, o conceito bíblico de amor se expressa em obediência e abnegação. Essa obediência não é a uma lei intangível, indescritível, ou subjetiva, dependente da interpretação individual de cada um, mas à lei objetiva de Deus. É o próprio Jesus que esclarece e determina, em João 14.21: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama..."

Neste capítulo, vamos estudar o que aconteceu com Paulo e qual o seu ensinamento, conforme os relatos do livro de Atos (8.1-3 e 9.1-22) e pelos seus pronunciamentos, no livro de Romanos (capítulos 3 e 7).

A visão de Paulo, antes da sua conversão.

Do seu próprio ponto de vista, Paulo, antes de sua conversão (na ocasião ainda chamado Saulo), acreditava que estava zelando pela lei de Deus, perseguindo os cristãos. Sua visão da lei era uma visão distorcida, fruto de uma religião equivocada. Sem ter sido ainda tocado pelo Espírito Santo de Deus ele estava cego, espiritualmente.

Atos 7.54-8.1 relata esse tempo conturbado da vida daquele que viria ser o apóstolo dos gentios e o grande expositor bíblico. Sua visão anti-cristã o levou a cometer muitos crimes. Ele participou do apedrejamento de Estevão e foi um ativo perseguidor de muitos cristãos, como lemos em Atos 8.3 e 9.1-2.

A compreensão da lei de Deus de todos aqueles que estão sob o domínio de Satanás, envolvidos com falsas práticas religiosas, é uma visão distorcida. Ela serve de desculpas para as práticas mais absurdas, amorais e cruéis. O próprio Paulo escreveu, sobre as pessoas sem Deus, em Romanos 1.22 "...inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos". Ele tinha convicção disso na sua própria pele, havia experimentado quão Satanás é enganador e usurpador da lógica espiritual. Convicto de exercitar zelo, havia perseguido inocentes, mulheres, crianças - aqueles devotados à adoração verdadeira, ao culto ao Deus soberano. Somente a graça, o amor e a misericórdia de Deus poderia cobrir essa multidão de pecados e apagar a amargura profunda dessa lembrança. E assim ocorreu (Fl 3.13).

A falta de visão de Paulo, durante a sua conversão.

Deus arrancou Paulo do pecado através da experiência relatada no livro de Atos (9.3-19), a qual bem conhecemos. Durante três dias ele, que havia sido cego, espiritualmente, foi acometido de cegueira física - talvez simbolizando o seu estado espiritual. Nesse período ele teve bastante oportunidade para meditar. Foi, posteriormente, orientado por Ananias.

Mas Deus transformou Saulo em Paulo. De um perseguidor, ele tornou-se o grande apóstolo, propagador e defensor do Evangelho. Podemos imaginar a confusão em sua cabeça: todas as suas convicções estavam sendo subvertidas. Todas as suas premissas estavam sendo demonstradas falsas. Todos os seus objetivos de vida estavam sendo modificados.

O texto bíblico nos diz que o Senhor enviou Ananias para que Paulo recuperasse a vista e ficasse cheio do Espírito Santo (9.17). Era o Espírito Santo, agora, que, além de recuperar a visão de Paulo, iria coordenar todo o conhecimento que ele havia absorvido ao longo das prioridades verdadeiras da vida. Era o Espírito Santo que o iria instruir, possivelmente utilizando os "dias com os discípulos" (9.19), nos detalhes da fé verdadeira que agora abraçava. Era o Espírito Santo que o iria inspirar a escrever suas cartas, nas quais somos instruídos sobre a compreensão correta da lei de Deus.

A nova visão de Paulo, depois de sua conversão.

Se estudássemos apenas o registro histórico da conversão de Paulo, não chegaríamos a compreender a importância da Lei de Deus, nesse processo e durante toda a sua vida. Entretanto, quando lemos o que Paulo escreveu posteriormente, passamos a compreender muito sobre qual era a visão paulina a respeito da Lei, visão essa que enfatiza a validade da lei moral de Deus a todas as eras.

Por exemplo, em Romanos 3.20, lemos "... ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado". A primeira validade da lei é fornecer o "pleno conhecimento do pecado", condição necessária ao arrependimento verdadeiro. Em Romanos 7.7, Paulo reforça a validade da Lei para nos levar à uma conscientização plena do pecado e de nossa dependência da misericórdia do Deus Criador: "que diremos, pois? A lei é pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás".

Além da validade revelativa, sobre a nossa natureza pecaminosa e sobre a santidade de Deus, Paulo ensina que a lei não é anulada pela fé. A lei moral de Deus providenciava o rumo à vida de Paulo, e assim deve ser para nós. Em Romanos 3.31 ele antecipa as indagações de seus leitores e faz a pergunta retórica: "Anulamos, pois, a lei pela fé?"; respondendo a seguir com uma negativa enfática: "Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei". Os preceitos eternos de Deus, a sua lei moral, reflexo de sua santidade e infinita retidão, continua sendo a nossa bússola, a forma objetiva e explícita de relacionar os nossos deveres para com Deus e para com o nosso próximo.

Não é de admirar que Paulo chegue a uma conclusão que difere bastante da falta de apreciação da lei de Deus que encontramos na teologia de tantos movimentos contemporâneos. Em Romanos 7.12 ele fecha o que vem expondo e desenvolvendo desde o capítulo 3: "Por conseguinte; a lei é santa; e o mandamento, santo e justo e bom".

Não é descartando a validade da lei moral que vamos nos aproximar mais de Deus. Não é substituindo a objetividade da lei por um subjetivismo nocivo e aleatório, supostamente fundamentado em um grau maior de espiritualidade, que vamos agradar a Deus. Estaremos compreendendo a visão que Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, quer transmitir, quando começarmos a enxergar os problemas em nós próprios e não na santa lei de Deus. Assim poderemos exclamar, como ele, em Romanos 7.14: "Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado..."

A Lei de Deus Hoje - Afinal, estamos sob a lei, ou sob a graça de Deus?

Muitas interpretações erradas podem surgir de um falho entendimento das declarações bíblicas sobre esta questão. Com efeito, Paulo ensina que "não estamos sob a lei mas sob a graça" (Romanos 6:14). Mas o que quer dizer "não estar sob a lei de Deus?" Perdeu ela a sua validade? É apenas um registro histórico? Estamos em uma situação de total desobrigação para com ela? Vamos apenas subjetivamente, "amar", sem direcionamento ou ações concretas que comprovem este amor?

Devemos relembrar os múltiplos aspectos da "lei de Deus", conforme já estudamos no capítulo anterior: Lei Civil ou Judicial, Lei Religiosa ou Cerimonial e Lei Moral. Se considerarmos que os três aspectos apresentados da lei de Deus são distinções bíblicas, podemos afirmar:

" Não estamos sob a Lei Civil de Israel, mas sob o período da Graça de Deus, em que o evangelho atinge todos os povos, raças tribos e nações.

" Não estamos sob a Lei Religiosa de Israel, que apontava para o Messias, foi cumprida em Cristo, e não nos prende sob nenhuma de suas ordenanças cerimoniais, uma vez que estamos sob a graça do evangelho de Cristo, com acesso direto ao trono, pelo seu Santo Espírito, sem a intermediação dos sacerdotes.

" Não estamos sob a condenação da Lei Moral de Deus, se fomos resgatados pelo seu sangue, e nos acharmos cobertos por sua graça.

" Não estamos, portanto, sob a lei, mas sob a graça de Deus, nestes sentidos.

Entretanto ...

" Estamos sob a Lei Moral de Deus, no sentido de que ela continua representando a soma de nossos deveres e obrigações para com Deus e para com o nosso semelhante.

" Estamos sob a Lei Moral de Deus, no sentido de que ela, resumida nos Dez Mandamentos, representa a trilha traçada por Deus no processo de santificação, efetivado pelo Espírito Santo em nossas pessoas (João 14:15). Nos dois últimos aspectos, a própria Lei Moral de Deus é uma expressão de sua Graça, representando a objetiva e proposicional revelação de Sua vontade.

É verdade, portanto, que, nos sentidos acima, não estamos sob a lei, mas sob a graça de Deus. Devemos cuidar, entretanto, para nunca entender essa expressão como algo que invalida a lei de Deus aos nossos dias. Mais importante, ainda, devemos cuidar para não transmitir conceitos falsos e não bíblicos, estabelecendo um contraste inverídico entre a lei e a graça, como se ambos não procedessem de Deus.

Teologicamente, chamamos de antinomianismo, a filosofia que expressa total independência das pessoas para com a lei de Deus; que declara a invalidade dela para os nossos dias. Muitos ensinamentos no campo evangélico são, na prática e em essência, antinômios e totalmente subjetivos - ou seja, desprezam a lei de Deus, negam a sua validade e colocam a interpretação subjetiva de cada um acima das determinações objetivas reveladas por Deus, na Bíblia. Quando os reformadores defenderam a expressão Sola Scriptura - somente as escrituras - estavam reafirmando exatamente isso, que devemos sempre nos prender à objetiva revelação de Deus em sua palavra, e não nas especulações ou tradições dos homens.

Quando examinamos a lei de Deus sob esses aspectos, muitas perguntas são pertinentes e devem ser individualmente respondidas. Será que temos a percepção correta de nossas obrigações para com Deus e para com o nosso próximo? Será que prezamos adequadamente a lei de Deus? Será que estamos utilizando o fato de estarmos "sob a graça" como desculpa para desprezarmos a lei de Deus? Será que a nossa compreensão é aquela abrigada pelos padrões confessionais, como nas perguntas do Catecismo Maior, que temos estudado?

O que diz o Catecismo Maior de Westminster (pergunta 99)?

P. 99. Que regras devem ser observadas para a boa compreensão dos dez mandamentos?
R. Para a boa compreensão dos dez mandamentos as seguintes regras devem ser observadas:
1a. Que a lei é perfeita e obriga a todos à plena conformidade do homem inteiro à retidão dela e à inteira obediência para sempre; de modo que requer a sua perfeição em todos os deveres e proíbe o mínimo grau de todo o pecado.
Ref.: Sl 19.7, Tg 2.10; Mt 5.21,22

·2a. Que a lei é espiritual, e assim se estende tanto ao entendimento, à vontade, aos afetos e a todas as outras potências da alma - como às palavras, às obras e ao procedimento.
Ref.: Rm 7.14; Dt 6.5; Mt 22.37-39 e 12.36,37.

·3a. Que uma e a mesma coisa, em respeitos diversos, é exigida ou proibida em diversos mandamentos.
Ref.: Cl 3.5; 1Tm 6.10; Pv 1.19; Am 8.5

·4a. Que onde um dever é prescrito, o pecado contrário é proibido; e onde um pecado é proibido, o dever contrário é prescrito; assim como onde uma Pro­mes­sa está anexa, a ameaça contrária está inclusa; e onde uma ameaça está anexa a promessa contrária está inclusa.
Ref.: Is 58.13; Mt 15.4-6; Ef 4.28; Ex 20.12; Pv 30.17; Jr 18.7-8; Êx 20.7

·5a. Que o que Deus proíbe não se há de fazer em tempo algum, e o que ele manda é sempre um dever; mas nem todo o dever especial é para se cumprir em todos os tempos.
Ref.: Rm 3.8; Dt 4.9; Mt 12.7

·6a. Que, sob um pecado ou um dever, todos os da mesma classe são proibidos ou mandados, juntamente com todas as coisas, meios, ocasiões e aparências deles e provocações a eles.
Ref.: Hb 10.24,25; 2Ts 5.22; Gl 5.26; Cl 3.21; Jd 23

·7a. Que aquilo que nos é proibido ou mandado temos a obrigação, segundo o lugar que ocupamos, de procurar que seja evitado ou cumprido por outros segundo o dever das suas posições.
Ref.: Êx 20.10; Lv 19.17; Gn 18.19; Dt 6.6,7; Js 24.15

·8a. Que, quanto ao que é mandado a outros, somos obrigados, segundo a nossa posição e vocação, a ajudá-los, e a cuidar em não participar com outros do que lhe é proibido.
Ref.: 2Co 1.24; 1Tm 5.22; Ef 5.11

Fonte: http://www.solanoportela.net/palestras/lei_graca.htm

Perigos para uma Igreja que Perdeu a Noção da Graça de Deus

Ler Gl 1.3-9
Introdução:

A. Salmo 66.20 - "Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça."

B. Graça - Favor não merecido; medida da glória de Deus que é derramada sobre o Seu povo; refletida em devoção genuína e dependência só em Deus, através de Cristo Jesus.

C. Três tipos de Igrejas que perderam a noção da Graça de Deus:

1. As que substituíram a Graça pelas obras e ações - Exemplo: os Católico Romanos. Aplica-se Rm 11.6: "Mas se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça".

2. As que se prenderam à letra da lei e da doutrina, mas a preservam morta, sem arrependimento e conversão, sem o mover do Espírito, e se afastam da Graça. Exemplos: Igrejas históricas da Escócia, da Europa, do Canadá, que viraram museus e estão definhando, cheias de mundanismo. Apresentam atitude e crença semelhante à dos Fariseus - doutores da lei, sem a Graça. Aplica-se Mt 23.29-34 "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos..." (29) - mostra o suposto apreço pela história e tradições, mas, nos demais versos, a rejeição da mensagem de Deus.

3. Aquelas que se julgam cheias da Graça, mas prendem-se a sinais externos e artificiais para medir o seu progresso. Essas estão em todo o lugar, apregoam avivamentos, demonstram crescimento. Queremos tratar, mais especificamente, dessa terceira categoria

D. Este terceiro tipo, propaga aos quatro ventos que estamos experimentando um avivamento. Estamos, atualmente, experimentando um avivamento - perante tantos números, sinais e maravilhas? Será que isso é a verdadeira manifestação da Graça de Deus? Será que nós estamos afastados da Graça de Deus, ou será que a maioria do segmento evangélico perdeu a Noção da Graça de Deus?

E. As notícias que correm o mundo sobre o Brasil:

1. Vejamos a chamada de um "Relatório de Reavivamentos", assim é chamado - Colocado na Internet pelos evangelistas ingleses Bill e Barbara Cassada (Lion's Heart Ministry). Eles falam da programação da viagem que empreenderão ao Brasil:

· A primeira parada será em Rio De Janeiro, Pastor Joel da Costa Pereira, da Comunidade Evangélica Projeto Vida, 2.500 membros.

· Em Manaus, igreja de 18,000 membros ( 9 anos, células), pastor Rene Terranova. "Fomos informados de um grande reavivamento que está ocorrendo lá. Eles nos pediram para trazer mais unção".

· Em Santarém, igreja com 14,000, pastor Abe Huber.

· Em Belém, igreja de 20,000 membros, pastor Josue Bengstom.

Essa é a imagem divulgada do Brasil, no exterior.

2. Mas não é somente isso. De recebedores, entretanto, viramos exportadores do "reavivamento" dos sinais e maravilhas. Estamos verdadeiramente exportando a "graça de Deus"?

Estado Unidos
Este relatório é de uma igreja Norte-americana. Vejam a influência das ocorrências no Brasil:

"O reavivamento atual será marcado pelos milagres, pelos sinais e maravilhas.... Acontecerá por causa da expectativa de nossos espíritos e porque deixaremos o rio fluir... Estou mais e mais convencido que nós somos os sinais e maravilhas. Não somente experimentaremos sinais e maravilhas; nos tornaremos sinais e maravilhas para o mundo. Creia nisso e una-se a isso, porque está acontecendo ao nosso redor. Na medida em que progredimos no nosso reavivamento podemos esperar muitos sinais diversos, procedentes dos céus. Quando começamos nossa campanha de inverno, em 1998, começamos a experimentar algo novo. Pó de ouro começou a aparecer na face das pessoas, em suas mãos, em suas roupas. No início não víamos isso na quantidade que desejávamos, mas quando Deus faz algo e nós reconhecemos, ele faz mais". [1]

"Uma mulher santa, do Brasil, chamada Silvania [2] , esteve duas vezes em nosso acampamento, em 1998 e em 1999. No processo de cura de quatro tipos de câncer, óleo começou a fluir sobrenaturalmente do seu corpo. Posteriormente, pó de ouro apareceu em sua face e no topo de sua cabeça. Todas as vezes que ela louva e adora, este fenômeno ocorre. Os seus pastores, no Brasil, juntam os flocos de ouro e ungem a testa dos doentes e dos necessitados. Muitos milagres ocorrem". [3]

"Uma manhã... mostramos o vídeo do Brasil, do pó de ouro. Depois do culto, uma das senhoras foi ao banheiro e trocou de roupa, para voltar às sua casa. Ela ouviu algo cair no chão e pensou que era o broche. Quando apanhou o objeto que havia caído no chão, ficou espantada: era uma pepita de ouro. Ela não voltou para casa. Trouxe a pepita de volta à reunião para que todos pudessem ver e se alegrar com aquilo. Quando Deus envia algo sobrenatural ao nosso meio, ele merece toda a glória". [4]

3. Reino Unido
Da Inglaterra, um relatório, distribuído por todo o mundo, com a chamada "Reavivamento no Brasil" diz o seguinte: "Milhares de pessoas estão se convertendo diariamente. As revistas, a televisão, os programas de rádio e os jornais estão comentando sobre o crescimento das igrejas. Mudanças sociais estão sendo realizadas pela influência da igreja. Atualmente existem mais cristãos evangélicos no Brasil do que em toda a Europa". [5]

O documento continua, com o subtítulo - "É um Reavivamento?" "Visitando o país com alguns líderes ingleses, alguns anos atrás, me perguntaram: 'você acha que o que está acontecendo no Brasil, hoje, é um reavivamento?' Eu entendo a razão da pergunta", continua o relatório, "eles observavam como o país está lutando com problemas morais e sociais. Se você liga a televisão, você identifica logo pornografia como um grande problema, a Nova Era cresce ao lado da Igreja. Se você considerar, portanto, a definição tradicional de um reavivamento, talvez você tenha dificuldade com o cenário brasileiro. Não existe uma percepção aguçada do pecado, na sociedade. Não existe impacto da personalidade de Jesus, no todo da comunidade". Parece queos autores estão recobrando a lucidez, mas logo verificamos que não é assim, pois o relatório continua: "Mas podemos dizer que existe um processo em andamento na Argentina, na Coréia, no Brasil e em alguns países da África. As igrejas estão mudando e existe uma resposta progressiva ao trabalho do Espírito Santo...".

O mesmo relatório passa a tratar, agora, dos sinais de reavivamento na Inglaterra. "Há dez anos começamos a observar, nas igrejas brasileiras, as mesmas manifestações do Espírito Santo que vemos agora na Inglaterra. Pessoas caindo no espírito; algumas vezes tremendo. Alguns sinais muito fora do comum, como pessoas recebendo dentes de ouro (isso ocorreu a milhares de pessoas, durante meses), pó de ouro caindo dos crentes, óleo aromático fluindo das mãos de pessoas em oração, etc. Entretanto, tudo isso era parte do processo que Deus estava desenvolvendo dentro da igreja. Ele levou a igreja a sair dos portões e a convidar milhares e centenas que foram sendo salvos. Apesar de não vermos multidões sendo salvas, atualmente, reconhecemos que o mesmo processo ocorrido no Brasil está acontecendo aqui. A presença de Deus se manifesta de norte a sul e existe uma avidez maior para se ir aos perdidos..."

E. A manifestação da Graça de Deus e o reavivamento genuino não pode ser produzido por homens, nem que seja acompanhado por essas manifestações contemporâneas que estamos presenciando. Pelas realizações de curas, de quedas, de sopros, do gargalhar desenfreado, do riso - cognominado "bênção".

F. Mas o que dizer das curas que são proclamadas? Não serão evidências da Graça de Deus, de reavivamento? Ou será que a ênfase intensa nisso não significa que se procuram outras coisas além da Graça de Deus? Observemos alguns relatos:

Fenômeno 1 : José Eliezer, sofredor há quatro anos de dores de colunas e hérnia de disco, depois de recorrer a vários médicos decidiu participar de uma corrente de cura, quando desapareceram todos os sintomas e dores. [6] (Relato registrado pela Igreja Universal do Reino de Deus)

Fenômeno 2 : Gladys Solórzano tinha sinusite, úlcera, taquicardia, pesadelos constantes, além do vício da bebida. Tudo foi resolvido "quando resolveu dar uma chance para Deus agir na sua vida" [7] e passou a participar de uma comunidade cujos líderes agiram diretamente sobre seus problemas. (Relato registrado pela Igreja Universal do Reino de Deus)

Fenômeno 3 : Dona Edvônia da Silva possuía um tumor no pâncreas. Os médicos atestaram a gravidade de sua situação e preparavam-se para uma melindrosa operação. Em fevereiro de 1996 havia feito um exame por ultra-sonografia constatando a extensão do problema. Em maio de 1996, Dona Edvônia, cansada do tratamento convencional e temerosa quanto aos seus resultados, passou por uma "profunda experiência espiritual". Seus problemas físicos desapareceram. O retorno aos médicos e os exames subseqüentes mostraram que ela não possuía mais nenhuma lesão no órgão previamente afetadohavia sido milagrosamente curada. (cura espírita supostamente realizada pelo Engenheiro Rubens de Faria Jr., o mais recente brasileiro a se apresentar como o recebedor da reencarnação genuína do Dr. Fritz, suposto médico alemão do século passado, que já teria estado presente na vida dos famosos e já falecidos Zé Arigó, de Minas Gerais, e do médico Edson Queiroz, de Pernambuco)

Fenômeno 4 : A pessoa que foi instrumental na cura de Dona Edvônia também está relacionada com o retorno à plena visão de Dona Natalina. Esta, cega há três anos, recobrou a visão após vários encontros espirituais. Num desses, viu uma forte luz adentrando o quarto. Após essa experiência espiritual, voltou a ver. (idem, cura espírita, suposta do DR. FRITZ)

Fenômeno 5 : Em 1990, Daniela Cristina da Silva foi internada no hospital Emílio Ribas, em coma. Os médicos declararam que ela corria risco de vida. Após orações realizadas pela família, que também seguiu as orientações de um religioso, ela saiu da UTI em 11 dias, sem seqüelas. Oito anos depois ainda goza de boa saúde. [8] (cura do campo católico romano, supostamente realizada pelo falecido FREI GALVÃO).

G. Vemos que a realização de curas e maravilhas, em si, não representa atestado de autenticidade da Graça de Deus e de existência de um reavivamento. Pouca diferença existe entre os fenômenos acima descritos, mas claramente três deles procedem de campos antagônicos à pessoa e à mensagem de Cristo.

H. A Grande Ironia e Contradição: Procura-se, hoje, o inusitado, como evidência do trabalhar do Espírito, da Graça de Deus, mas ao mesmo tempo, procura-se operar o reavivamento por passos realizados por pessoas. Multiplicam-se os "times de reavivamento"; os "encontros de reavivamento". Exatamente aqueles que proclamam e parecem depender mais e mais do sobrenatural, são os que apresentam o reavivamento como a aplicação de uma receita, pré estabelecida e aplicável em qualquer local do mundo.

Exposição:

Positivamente - Como procurar a GRAÇA DE DEUS? Como não perder a noção da Graça de Deus?

Da mesma forma como aqueles que procuram identificar uma nota falsa se esmeram no estudo da verdadeira, creio que a melhor resposta para estudarmos os chamados reavivamentos contemporâneos está no exame da Palavra de Deus, especialmente daqueles trechos que registram reavivamentos, ou a chamada advinda de Deus à uma aproximação maior com a Sua Pessoa. Nesse Sentido, queremos chamar a atenção para uma palavra contida na profecia do profeta Joel. Joel = Jeová é Deus. 835 A.C. O livro parece preceder o cativeiro e provavelmente foi escrito durante o reino do Rei Joás. Calamidade pública = forte seca e uma devastadora praga de gafanhotos. Joel identifica isso como um castigo pelos pecados do povo, mas conclama o povo a enxergarem bem mais embaixo e bem mais acima.

Mais embaixo , para a profundidade de suas almas e do seu pecado individual para com Deus. Mais acima, para a justiça e poder, mas também para a soberania e misericórdia do Deus amoroso. O profeta trata também do DIA do SENHOR, no sentido de julgamento e do Deus que cumpre os seus propósitos na história.

Joel 2.11-18

11 O SENHOR levanta a voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque é poderoso quem executa as suas ordens; sim, [porque - "ki"] grande é o Dia do SENHOR e mui terrível! Quem o poderá suportar?

12 ¶ Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto.

13 Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.

14 Quem sabe se não se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, uma oferta de manjares e libação para o SENHOR, vosso Deus?

15 Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene.

16 Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu aposento.

17 Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?

18 ¶ Então, o SENHOR se mostrou zeloso da sua terra, compadeceu-se do seu povo

1. A noção da GRAÇA de DEUS abrange a percepção do Julgamento do Deus Soberano dos Exércitos (v. 11).

11 O SENHOR levanta a voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque é poderoso quem executa as suas ordens; sim, [porque - "ki"] grande é o Dia do SENHOR e mui terrível! Quem o poderá suportar?

11- Julgamento de Deus. A percepção da imensidão do pecado e da santidade de Deus: ponto precedente da chamada ao avivamento. O Dia do SENHOR - Julgamento e bênçãos: imenso e terrível. Deus, em controle completo dos seus exércitos, de sua criação. Queremos, mesmo, estar na presença de Deus? Temos a percepção de nossos pecados? O verso fala de Jeová e indica, referindo-se na terceira pessoa, que "o executor" (em nossa tradução "quem executa") de suas ordens é poderoso.

Quem pode suportar o Dia do Senhor? A resposta é óbvia - ninguém, a não ser aquele que é possibilitado por Deus. Desejamos mesmo avivamento?

Dia do Senhor - no caso, aqui, uma referência ao julgamento em progresso da parte de Deus sobre o Seu Povo, naquela ocasião (seca e praga de gafanhotos). Mas ao lermos todo o texto, verificamos uma dimensão maior, um julgamento maior, uma visitação mais extensa (Possivelmente aquilo que chamamos de dupla perspectiva, em profecia, como é evidente em Joel 2.28-32, cumprido em At 2.16-21). Nesse sentido, Dia do Senhor = Dia de julgamento - (Is 13.10-13; Na 1.5,6; Jr 10.10; Mt 24.29; Mk 13.24-25). Quem pode suportar o julgamento do Senhor? É como se o profeta dissesse - "vocês não viram nada ainda! Nada se compara ao julgamento final do Senhor!" Mas com a visão do julgamento vem a chamada ao arrependimento, emitida pelo próprio Deus...

2. A noção da GRAÇA de DEUS implica em contrição pessoal, intensa e genuína, ao Deus de Misericórdia (vs. 12-14).

12 ¶ Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto.

12 - Ainda assim - mesmo que o julgamento pareça inevitável; mesmo que as condições pareçam impossíveis; mesmo que o curso dos eventos pareça incontornável. A praga dos gafanhotos tinham o propósito de fazer o povo refletir na sua conduta para com o Senhor. O anúncio do grande dia de julgamento e todo o seu pavor tinha como propósito produzir arrependimento e conversão - resultando em Glória ao nome do Deus de Misericórdia e no bem para o Povo de Deus arrependido. Após a ameaça, uma convocação! Agora mesmo - sem retardamento, sem desculpas, sem protelações. Diz o Senhor - é ele que comanda, que chama, que comissiona: julgamento, mas livramento vêm dele. Convertei-vos a mim: mudança de curso, mudança de direção. Em que direção, agora? A mim! O que tem que ser convertido? O coração - no conceito bíblico, o centro do nosso intelecto e emoção, e não somente parte dele, mas todo (1 Sm 7.3; Dt 6.5)! Como será essa conversão? De que maneira? Haverá risos? Com jejuns - com concentração total na procura a Deus; com choro - indicador de arrependimento sincero; com pranto - choro copioso e intenso. Não verificamos semelhança com as reuniões contemporâneas, nas quais se dizem existir a manifestação da Graça de Deus - cheias de risos e gargalhadas; cheias de irreverência; cheias de superficialidade; cheias de supostas "maravilhas". A manifestação da GRAÇA de DEUS não é "pó de ouro", pepitas de ouro, muito menos curas, sinais e maravilhas.

13 Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.

13 - A contrição não pode ser meramente externa ("vestes"). O rasgar de vestes era um sinal externo comum, mas o profeta avisa para que o povo não se apegue ao sinal externo de contrição. Quantas vezes, nos nossos dias, reavivamento tem sido identificado com sinais externos, mas Deus espera conversão interna, no Seu Povo, para que sejam renovados e bem habilitados (Ml e Lc). Deus espera que o coração seja aberto, dilacerado ("rasgai o vosso coração" - Sl 51.19; Ez 36.26). Mais uma vez, a chamada à conversão "ao Senhor, nosso Deus". As características desse nosso Deus, fornecem o motivo de se procurar tal conversão, de se ter tal expectativa: ele é misericordioso, compassivo, tardio em irar-se, grande em benignidade e nem sempre executa o julgamento que seria o curso natural ("se arrepende do mal"). O julgamento é iminente. Ele é apropriado. Ele é justo. Ele procede do Deus todo poderoso. Ele é mortal. Mas ele é executado pelo justo juiz que detém o poder e a prerrogativa de sustá-lo.

O termo "arrependimento", utilizado com relação a Deus, não tem o mesmo significado dele utilizado com relação às pessoas. A dissociação é estabelecida por Números 23.19: "Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?" Os homens, os filhos dos homens, mentem - dizem uma coisa e fazem outra; ou se arrependem - (o mesmo sentido) dizem que farão uma coisa e fazem outra; Deus é diferente. Ele é perfeito. Ele é soberano. Ele diz e faz; ele fala e cumpre; ele tem um plano e executa. Quando A Palavra, portanto, diz que ele se arrepende; não é arrependimento no significado do termo para descrever ações dos filhos dos homens; neste, muitas vezes, o conceito de "remorso" está contido. Significa aparente mudança de curso de ação; significa colocar em prática as prerrogativas de perdão, de retenção de julgamento. Em todo e qualquer caso mesmo o "arrependimento", a mudança do curso de ação, estava contemplada em seus planos insondáveis e maravilhosos. No caso, aqui, significa a expectativa de que o julgamento, mesmo justo e devido, não fosse executado

14 Quem sabe se não se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, uma oferta de manjares e libação para o SENHOR, vosso Deus?

14 - "Quem sabe..." não temos direitos ou prerrogativas. O pecador merece a condenação e o julgamento. Mas o próprio apelo lançado pelo próprio Deus é o raio de esperança. A Graça de Deus não é provocada ou trazida como uma "receita de bolo", como indicava Finney, mas é um ato soberano de Deus. O aspecto de incerteza ao homem, é revelador dessa soberania básica. [9] Note a expressão semelhante, utilizada no Salmo 85.6, quando a oração por avivamento é precedida da palavra: "Porventura....". Reavivamento é algo colocado no âmago da Soberania de Deus, não é produzido pelo homem. Contrição é dever, sempre. Acolhimento e perdão, é misericórdia divina. Jerônimo, indica que as pessoas se inclinam a dois extremos: "desespero, em função da grandeza dos seus crimes; ou insensibilidade, ante a divina clemência". [10] A expectativa na incerteza é elemento que introduz um lampejo de esperança no caráter misericordioso de Deus, evitando o desespero; e, ao mesmo tempo, impede a insensibilidade, pois traz à realidade a justiça e iminência do julgamento divino. Oferta de Libação - manjares, mantimentos que haviam sido destruídos pelo gafanhoto (vide 1.9 e 1.13 - a devastação era tal que nem mesmo o suficiente para as ofertas havia no meio do povo). Notem a aparente contradição, mas, ao mesmo tempo, a reveladora colocação do texto: ofertas são oferecidas pelos homens a Deus; mas o texto diz que Deus é que vai mandar os manjares e mantimentos que resultarão em ofertas oferecidas a ele próprio. Mais uma vez temos a indicação de que tudo provém de Deus, até mesmo a forma e motivação de adoração a ele.

3. A noção da GRAÇA de DEUS reflete-se em reavivamento verdadeiro e visível. Este é solene, envolve o Povo de Deus e muda as prioridades de vida (vs. 15-16).

15 Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene.

16 Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu aposento.

A igreja que tem a noção da Graça de DEUS experimenta reavivamento verdadeiro que se estende além da esfera individual. É a convicção gerada pelo Espírito Santo de Deus que atinge a pessoa e o Povo de Deus, em um sentido mais amplo - regional, nacional. O reavivamento verdadeiro verifica a necessidade de se lidar com a postura individual, de rejeição a Deus, e com o pecado corporativo de ignorar o preservador da vida e doador de todas as bênçãos. A chamada é para todo o povo. Já havia soado duas vezes antes, neste capítulo (1.14a e 2.1) : "Tocai, promulgai, proclamai". A proclamação não é uma demonstração ou um show de sinais e maravilhas, mas uma convocação ampla à contrição e à busca a Deus. Não é um espetáculo para entretinimento dos participantes, mas uma "assembléia solene", na qual a seriedade de Deus é constatada e a insignificância nossa é evidenciada. O Povo deve ser congregado e a congregação santificada. Desde os mais velhos ("os anciãos") até os que ainda se amamentam devem estar presentes. Ninguém está isento desta chamada. As coisas mais prioritárias, como o andamento de um casamento, são suspensas para atender ao dever maior de reconciliação com o Deus Santo.

4. A noção da GRAÇA de DEUS no seio do seu povo é demonstrada pelo envolvimento, em uma forma toda especial, da liderança (v. 17).

17 Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó SENHOR, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?

A liderança mostra contrição ("chorem os sacerdote, ministros do Senhor..."). A liderança se concentra em oração ("... entre o pórtico e o altar, orem"!). A liderança se preocupa com a Igreja ("poupa o teu povo, Senhor'). A liderança se preocupa com o testemunho ("...para que as nações façam escárnio dele..."). Uma grande ênfase, aqui colocada, é na intercessão - os líderes intercedendo pelo Povo. Nas sombras do Antigo Testamento essa intercessão e intermediação era do Sacerdote. Os nossos líderes, presentes, deveriam estar em intercessão pelo Povo de Deus. Entretanto, na revelação completa neotestamentária, a intermediação é por Cristo Jesus. O Espírito Santo é o condutor de todo o processo, mas a intermediação é de Cristo. O Espírito Santo é glorificado quando Cristo é glorificado. O Espírito Santo não fala de si mesmo, muito menos em reavivamentos. Ele não é invocado, muito menos em reavivamentos. Ele á a base e força de nossa invocação do FILHO, para que nos socorra. Esta é a instrução divina. Este é o maravilhoso plano divino.

Nos dias de hoje verificamos uma falta de entendimento, no campo evangélico, de que o trabalho do Espírito Santo é revelar o Filho.

Nesse sentido, temos várias declarações explícitas de Jesus Cristo, sobre a forma de atuação do Espírito Santo. Em Jo 14.26 Jesus diz: "o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que vos tenho dito". A atividade aqui descrita do Espírito Santo é, portanto, ensinar e fazer lembrar as coisas que Jesus Cristo disse, isto é: testemunhar da pessoa e obra de Cristo. Esta declaração teve um sentido todo especial e temporal para os apóstolos que, posteriormente, tiveram de pregar e registrar os fatos relacionados com a vida de Cristo.

Em Jo 16.14 lemos: "Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar". A glorificação é à pessoa de Cristo. A anunciação que o Espírito Santo faz é da obra e da mensagem de Cristo. Disso faz parte, também, o trabalho regenerador do Espírito Santo na conversão dos descrentes.

O Espírito Santo não trabalha, portanto, independentemente da obra de Cristo, como pregam todos aqueles que enfatizam o culto ao Espírito Santo e acabam por desviar os olhos dos fiéis da pessoa de Cristo. O Espírito Santo não vem como "uma segunda bênção", nem vem realizar fenômenos sem sentido ou fora do contexto revelador de Cristo, tais como curas espetaculares, risos santos, quedas, urros, dentes de ouro ou quaisquer outras maravilhas glorificadoras dos homens que as realizam. Ele vem selar o trabalho de Cristo na vida do crente, abrindo-lhe o coração à conversão, batizando-o com a abençoada regeneração, fazendo morada no coração de todos os salvos, promovendo a comunhão cristã, edificando o Corpo de Cristo, iluminando o entendimento e operando o crescimento em santificação.

Muitas distorções e heresias históricas ocorreram porque essa atuação do Espírito Santo, revelada na Palavra, não foi compreendida. Entre elas podemos citar o Montanismo, já no segundo século D.C., que, colocando toda a ênfase da fé na pessoa do Espírito Santo, procurava as suas manifestações sobrenaturais através de profetas e profetizas, que se contrapunham aos líderes eclesiásticos de então. [11] O Montanismo, com outros exageros teológicos e escatológicos que o caracterizaram, tem sido considerado pela Igreja não como um movimento genuíno de reavivamento espiritual, mas como uma perigosa heresia da época.

Semelhantemente, muitas distorções contemporâneas são fruto de idéias de pessoas, querendo "melhorar" o que Deus estabeleceu em sua perfeição e em Sua Palavra. Assim fazendo, elas superenfatizam a terceira pessoa da Trindade, praticamente tornando a pessoa e o trabalho de Cristo secundários às ações do Espírito Santo. [12]

5. A igreja que tem a noção da GRAÇA de DEUS experimenta a misericórdia do Senhor (v. 18).

18 ¶ Então, o SENHOR se mostrou zeloso da sua terra, compadeceu-se do seu povo.

Experimenta o zelo, demonstrado no julgamento (Hb. 12.6 - "... pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho"). Experimenta a misericórdia e paz que advem do Deus amoroso, quando ele mostra compaixão por nossa situação ("...compadeceu-se do seu povo").

Aplicação Final:

Qual deve ser nossa compreensão? Não devemos, portanto, nos enganar, quando nos apresentam notícias do "Grande Reavivamento" que atravessamos. Muitas vezes as estatísticas impressionam, os relatos são animadores, as maravilhas procuram calar os céticos; mas devemos examinar todas as coisas, todos os ângulos e, especialmente, a saúde e testemunho da Igreja - como anda este? Estamos, entretanto, de um grande segmento da Igreja que perdeu a noção do que é a Graça do Senhor.

Não podemos, como indivíduos, perder essa noção da Graça de Deus e sairmos procurando os sinais externos que aparentam Graça, mas que refletem a curiosidade e busca humana pelo inusitado e extraordinário. Quando procuramos a Graça de Deus por vias humanas, estamos, na realidade, nos afastando dela.Devemos, como igreja e Povo de Deus almejar andar dentro dos seus caminhos. Podemos e devemos orar para não perdermos a noção da Graça de Deus. Não temos o ensino que devemos operar a ação extra-natural do Espírito Santo, para andarmos em santidade e contrição de vida.

Pb Solano Portela
Fonte: http://www.solanoportela.net/palestras/perigos_igreja.htm

sábado, 24 de novembro de 2007

Sou Fundamentalista Bíblico

Sou Fundamentalista Bíblico

Dave Hunt, o autor deste artigo, nasceu em 1926 e desfrutou das vantagens de uma educação piedosa e da freqüência regular a uma comunidade cristã conhecida como "Irmãos de Plymouth" (no Brasil, são as "Casas de Oração" do "Movimento dos Irmãos"). Decidiu-se por Cristo antes de ingressar no Ensino Médio.
Serviu na Marinha Mercante e no Exército, concluiu a Faculdade de Matemática, casou-se com sua esposa Ruth, nasceram-lhe quatro filhos e fez carreira como Consultor em Administração de Empresas e, mais tarde, administrando várias empresas. Ao mesmo tempo, Hunt conciliou a vida secular com o início e o desenvolvimento de um grande Ministério entre universitários e estudantes estrangeiros.
A partir de 1973, Hunt passou a dedicar-se integralmente à Obra do Senhor. Morando um ano na Europa, Hunt percebeu o perigo, através de um ex-guru hindu convertido, do Hinduísmo, das filosofias orientais e da Nova Era. Viajando à Índia, escreveu God of the Untouchables ("Deus dos Intocáveis"), onde aprofundou sua compreensão sobre o assunto. Vários livros refletiram sua preocupação missionária: Cult Explosion ("Explosão das Seitas"), Death of a Guru ("Morte de um Guru), The God Makers ("Os Criadores de Deus") e America, the Sorcerer's New Apprentice ("América, a Nova Aprendiz de Feiticeiro).
Paralelamente, Hunt percebeu a impressionante e sorrateira penetração dessas filosofias nas Igrejas Evangélicas. The Seduction of Christianity ("A Sedução do Cristianismo"), publicado em inglês em 1985, focalizou a atenção do mundo cristão sobre os ensinamentos perigosos e heréticos que comprometem a verdade da Palavra de Deus. A seguir, ele publicou Beyond Seduction ("Escapando da Sedução").
A atual preocupação de Hunt implica no novo ecumenismo cada vez mais crescente entre católicos e protestantes, que está refletido em Whatever Happened to Heaven? ("O que Aconteceu com o Céu?") e Global Peace and the Rise of Antichrist ("Paz Global e Ascensão do Anticristo"). Outro assunto freqüente deste Estudioso Fundamentalista Bíblico em suas palestras e publicações é o desmascaramento de heresias psicológicas abraçadas por muitos evangélicos. Ele publica um boletim mensal, The Berean Call ("A Chamada Bereana").



Sou um Fundamentalista Bíblico

Você é um Fundamentalista!" A acusação me foi dirigida quando ainda era um calouro da universidade, recém-saído do serviço militar, em 1947. Da maneira como ela foi feita, com tamanho desprezo, nenhuma explicação foi necessária para compreender que ser rotulado de "Fundamentalista" era um dos mais terríveis insultos no orgulhoso mundo acadêmico. Respondi algo como:
Se ser Fundamentalista significa aderir aos sólidos fundamentos da matemática, da contabilidade, da química ou de qualquer outra ciência, então aceito alegremente o título. E já que a Bíblia é literalmente a Palavra de Deus e é inerrante (sem erros), a única escolha inteligente é aceitá-la e permanecer fiel aos seus Fundamentos.

Essa resposta apenas aumentou a frustração e a ira dos que debatiam acaloradamente comigo já por duas horas.
A ocasião foi o primeiro encontro da "Hora dos Críticos", uma novidade que havia sido criada recentemente por alunos e professores da universidade para ridicularizar e desacreditar a Bíblia. Entre os espectadores havia um bom número de crentes que eu conhecia do grupo cristão do campus, mas nenhum deles disse uma palavra sequer. Fiquei sozinho naquele auditório, sendo alvejado com argumentos de todos os lados, todos favoráveis à evolução e ao ateísmo. Sendo um ingênuo jovem de 21 anos, fiquei chocado com a animosidade tão abertamente demonstrada contra a Bíblia e contra o Deus da Bíblia.
Naquele ponto da minha vida, mal ouvira falar de Harry Emerson Fosdick, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Nova Iorque, uma pessoa-chave no Liberalismo/Modernismo Teológico americano. Tampouco fazia idéia da crescente rejeição da infalibilidade da Bíblia entre muitas pessoas que se chamavam cristãos. O nome de J. Gresham Machen era-me completamente desconhecido. Portanto, nada sabia acerca da batalha perdida que ele sustentara no Seminário de Princeton, na década de 1920, contra as heresias que levaram aquela escola a tornar-se completamente liberal e que alcançaram a maioria das igrejas presbiterianas.


Cristianismo Com "Roupagem" Moderna

Os servos mais eficientes de Satanás são mestres em ambigüidades. Fosdick reivindicava honrar a doutrina, mas ao mesmo tempo advertia sobre o "perigo de dar ênfase demais à doutrina..." Ele afirmou que "nada realmente importa na religião, a não ser aquelas coisas que fomentam o bem individual e público... e o progresso social."[1] Fosdick foi reconhecido naquele tempo pela maioria dos cristãos verdadeiros como o incrédulo que realmente era. Mas, Norman Vincent Peale, não menos herege que Fosdick, conseguiu achar aceitação virtualmente em toda parte, bem como seu famoso discípulo Robert Schuller.
O modernista toma as últimas idéias do mundo secular e enganosamente as veste com linguagem cristã. Ninguém tem feito isso com maior perfeição do que os atuais psicólogos cristãos, que de algum modo tomam teorias anticristãs de inimigos declarados do Evangelho e as "integram" à teologia. Peale foi o primeiro a fazer isso. Em 1937, ele fundou uma clínica "cristã" de psiquiatria em sua igreja. A clínica tornou-se modelo para numerosas outras semelhantes, as quais têm gerado fortunas para seus fundadores.
Machen foi exato ao demonstrar que a intimidação pela ciência e o desejo de obter aceitação e respeito na comunidade acadêmica têm resultado em comprometimentos, que na prática descaracterizam o Evangelho. Essa ânsia tem influenciado cada vez mais os seminários e faculdades cristãs. Machen acusou os liberais de "tentar remover do cristianismo todas as coisas que não possam ser aceitas pela ciência."[2]
Muitos dos evangélicos de hoje em dia parecem pensar que os cientistas sabem mais sobre o Universo do que o próprio Criador. Será que a Bíblia é frágil devido à ignorância de Deus? O resultado é um comprometimento fatal para a verdadeira fé. Temos observado isso na aceitação da evolução teísta por parte da revista "Christianity Today" (Cristianismo Hoje), dos "Promise Keepers" (Guardadores de Promessas) e de muitos seminários e universidades cristãs, mesmo que ela contradiga plenamente a Bíblia e subverta o Evangelho. O mesmo comprometimento ocorre quando se questiona a narrativa bíblica do dilúvio.
Billy Graham, que há décadas abandonou sua posição fundamentalista, recentemente disse não estar certo se o dilúvio de Noé foi realmente de âmbito mundial. O New Bible Commentary da InterVarsity também afirma: "A narrativa (bíblica) não relata diretamente um dilúvio universal..." A Bíblia, ao contrário, não deixa espaço para tais devaneios:

"...tudo o que há na terra perecerá" (Gn 6.17).
"...e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz" (Gn 7.4).
"...e os montes foram cobertos. Pereceu toda carne..., ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca" (Gn 7.20-23).

As instruções de Deus para Noé, de que trouxesse um par de cada espécie para a arca, só têm sentido se o dilúvio atingiu o mundo inteiro. Deus prometeu não voltar a destruir a terra por água novamente (Gn 9.11), todavia têm havido muitas enchentes regionais desde aquele tempo. A destruição futura do mundo, conforme profetizada por Pedro, seria apenas um incêndio localizado, se o dilúvio com que é comparado foi limitado (2 Pe 3.6-7). Finalmente, Jesus compara Seu futuro julgamento da humanidade ao dilúvio (Mt 24.38-41).
Um Cristianismo Sem Inerrância

Temos que crer na Bíblia inteira. Isto é Fundamentalismo Bíblico. Se Gênesis não é exato em cada detalhe, em qual parte da Bíblia poderemos confiar, então? Se a Bíblia está errada quanto à origem do homem e seu pecado, como poderemos confiar no que ela diz sobre a sua redenção e seu destino eterno? Na verdade a Bíblia está absolutamente certa em tudo que declara.
Se as últimas descobertas da ciência concordam ou não com a Bíblia, isso não deve inquietar ao Fundamentalista Bíblico. Como confiamos em Deus, não somos intimidados pelos homens. Só um tolo trocaria a Palavra infalível de Deus pelas opiniões mutáveis e falíveis dos homens. Os cientistas cometem erros e muitas vezes são condicionados por preconceitos. No seu livro Great Feuds in Science, o historiador Hal Hellman documenta que até os maiores cientistas têm sido "influenciados por orgulho, ambição, cobiça, inveja e até por evidente impulso de estar certo".[3]
Tragicamente, diminui gradativamente o número de cristãos que ainda defendem a Inerrância Bíblica e a sua suficiência, como Harold Lindsell documenta em The Battle for the Bible. O Seminário Teológico Fuller é um exemplo citado por ele. Podemos dizer com certeza que para as multidões envolvidas no atual movimento evangélico a Inerrância raramente se constitui num problema, pois tais pessoas se apóiam em experiências e emoções mais que em doutrina. Para muitos atualmente, o amor por Jesus é um maravilhoso sentimento, divorciado completamente da verdade que Jesus afirma ser. No livro The Bible in the Balance, Lindsell confessa que "a palavra ‘evangélico’ tem se tornado tão desonrada que perdeu sua utilidade... Talvez seja melhor adotar a palavra ‘Fundamentalista’, mesmo com todos os ataques depreciativos que tem sofrido por parte dos seus críticos".



Motivos de Rejeição do Fundamentalismo Bíblico

O Fundamentalismo Bíblico tem sido estigmatizado por duas razões:
1- alguns cristãos fundamentalistas são fanáticos e afastam-se de outros cristãos de uma forma insensata e anti-bíblica;
e 2- por causa do exemplo do Fundamentalismo Muçulmano, que apregoa que todos precisam adotar as mesmas roupas e costumes que Maomé adotou no século VII. Consagrados que são ao alvo islâmico de conquistar o mundo pela força, esses muçulmanos fundamentalistas são responsáveis por muitos dos atuais atos de terrorismo. Por conseqüência, também os Cristãos Fundamentalistas Bíblicos, cuja lei maior é o amor, são freqüentemente retratados com estas mesmas cores de fanatismo.


Um Cristianismo de Popularidade

Todos que desejam confiar e obedecer à Palavra de Cristo e que querem ser Seus verdadeiros discípulos (Jo 8.31-32), precisam estar prontos a permanecer sozinhos, como Daniel e seus amigos. Com medo de serem diferentes, muitos cristãos seguem a multidão. Famintos pelos louvores deste mundo, eles amam "mais a glória dos homens, do que a glória de Deus" (Jo 12.43). C.H. Spurgeon ficou virtualmente sozinho, abandonado mesmo pelos seus ex-alunos e amigos, quando foi censurado pela União Batista Britânica, por sua indisposição em tolerar a apostasia dentro daquele grupo. A. W. Tozer declarou, pouco antes de morrer: "por causa do que tenho pregado não sou bem recebido em quase nenhuma igreja na América do Norte." Que acusação contra aqueles pastores e igrejas!
Cristo advertiu: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lc 6.26). Ele afirmou que a verdadeira fé em Deus é impossível quando nós aceitamos "glória uns dos outros", e, contudo, não procuramos "a glória que vem do Deus único" (Jo 5.44). John Ashbrook escreve que o "neo-evangelismo está determinado a impressionar o mundo com seu intelectualismo. Ele tem estado a buscar o respeito da comunidade acadêmica. Determinou ganhar glória nas fontes do ensino secular."[4] Carl Henry observou que "em conseqüência da crescente atitude de tolerância... a fé cristã foi embalada de forma a facilitar sua comercialização."[5]
O único inimigo do Liberalismo é a firme adesão do Fundamentalismo Bíblico à autoridade e suficiência das Escrituras. D. Martyn Lloyd-Jones lamenta o fato de que muitos evangélicos mudaram de "pregar" para "compartilhar" a Palavra de Deus, o que sutilmente transfere a autoridade da Palavra de Deus para a experiência e opinião humanas.[6] Tal comprometimento, além de não ajudar o incrédulo a enxergar a luz; ainda o deixa mais cego. Essa tolerância estimula a resistência dos homens em se submeterem à autoridade de Deus. O Liberalismo, inevitavelmente, endurece cada vez mais contra a verdade. Podemos ver isso atualmente em todo o mundo.



A Tolerância Quanto ao Homossexualismo

A aceitação de homossexuais, em nome da tolerância e do Liberalismo, tem produzido uma intolerância cada vez maior contra qualquer outro ponto de vista. O mundo inteiro, que por milhares de anos considerou o homossexualismo como antinatural e vergonhoso, agora está sendo forçado a abandonar tal convicção. Os homossexuais, que reivindicavam tolerância, têm se mostrado totalmente intolerantes na medida em que conquistam poder. Eles atacam com malícia, verbal e fisicamente, qualquer pessoa que queira manter uma opinião independente. O mundo tem sido coagido a garantir privilégios especiais aos homossexuais, apesar do estilo de vida "gay" ser cheio de práticas nocivas, levando à proliferação de doenças que ameaçam a sociedade em geral e reduzem pela metade a expectativa de vida das pessoas. A incurável AIDS, embora se propague em proporções epidêmicas, afetando inocentes e sendo fatal para todos que a contraem, é tratada com um sigilo perigoso e um status privilegiado, devido à sua penetração entre os homossexuais.


A Tolerância Quanto ao Evolucionismo

Vemos a mesma intolerância nos evolucionistas que acusam os criacionistas de pensamento bitolado. A ciência deve promover a liberdade de investigar e aceitar os fatos. Mas, em nome da ciência, a teoria da evolução é ensinada às crianças nas escolas públicas como fato, enquanto as evidências contra ela são omitidas e a alternativa bíblica e racional da criação de Deus não é admitida nem considerada.



A Situação na Rússia

Numa recente viagem a Rússia, um dos principais responsáveis pelo sistema educacional nos disse o seguinte: "Por setenta anos vimos os frutos da imposição dogmática de apenas uma opinião aos alunos. Estamos cheios disso e ansiosos para considerar as alternativas". O colapso do Comunismo deixou um vácuo moral que a Rússia está tentando preencher com os ensinos da Bíblia. Paradoxalmente, as escolas da Rússia agora acolhem os mesmos ensinos morais e da criação que estão banidos das escolas americanas! Não podemos saber quanto tempo isso vai durar. A Igreja Ortodoxa Russa, intolerante e firmemente contrária ao Evangelho, está procurando retomar o monopólio da religião – e alguns evangélicos americanos estão cooperando com esse sistema anticristão. Oremos pela Rússia.
O Cristianismo foi introduzido em 988 d.C. no país que mais tarde se tornou a Rússia, pelo príncipe Vladimir. Antes ele havia considerado o Islamismo, já que suas vinte esposas não causavam problema para aquela "fé". Mas como o Islamismo proíbe o álcool, ele acabou abraçando o Cristianismo da Igreja Ortodoxa, onde o álcool corria livremente (muitos monges e sacerdotes bebem intensamente) e onde a opulência dos rituais tem um apelo misterioso. Ele decretou uma esposa como "oficial", mantendo as outras dezenove como concubinas, enquanto usava o álcool livremente. Foi assim que a Rússia "converteu-se" ao Cristianismo. Em 1988, o milésimo aniversário desse evento foi celebrado com pompa e ritual. Billy Graham esteve presente para trazer suas congratulações. Na ocasião, ele disse:
Sinto-me profundamente honrado em congratular-me com vocês nesta histórica e alegre ocasião em que se comemora o milésimo aniversário do batismo da Rússia, proporcionado pelo batismo do príncipe Vladimir, de Kiev...[7]
A Igreja Ortodoxa, assim como o Catolicismo Romano, é inimiga jurada do Evangelho. Ela tem mantido o povo russo na escravidão e na superstição, ensinando-o a buscar nela a salvação, beijando seus ícones, pagando por orações e sacramentos. Embora rejeite o purgatório do catolicismo, ensina que, através de nossas orações, as almas podem ser resgatadas do inferno para o céu.
Visitamos, nas proximidades de Moscou, o centro da Igreja Ortodoxa, com seu seminário e muitas igrejas. Monges com quem falei explicaram que a morte de Cristo possibilitou a nossa entrada no céu, desde que fôssemos batizados, participássemos dos sacramentos e "vivêssemos o Evangelho". Para eles, a porta que Cristo abriu está no cume duma alta escada que precisamos subir pelos nossos próprios esforços, obedecendo à Igreja e auxiliados por ela.
Fui um dos preletores numa conferência em Moscou que atraiu pastores e membros de igrejas de toda a Rússia. Havia uma indisfarçável expectativa de que a Palavra de Deus fosse ensinada. Eu expus abertamente os ensinos e práticas não-bíblicas da Igreja Ortodoxa Russa que (como a Igreja Católica no Ocidente) perseguiu e assassinou multidões de verdadeiros cristãos. A Igreja Ortodoxa, que estabeleceu parceria tanto com os czares como com os comunistas que os sucederam, pressionou o presidente Yeltsin a favor da nova lei que suprime a liberdade religiosa (essa lei está sendo atualmente implementada em pequenas cidades fora de Moscou). Centenas de fitas de vídeo e de áudio de nossa conferência estão sendo distribuídas por toda a Rússia. Oremos para que dêem frutos!



Fundamentalismo Bíblico é Não Negociar o Inegociável

Como avisamos aos irmãos e irmãs da Rússia, o verdadeiro "crer no Senhor Jesus Cristo" para a salvação tem que ser uma profunda convicção e não apenas uma mera preferência. E esta corajosa convicção certamente será seguida de grande oposição e terrível violência da parte de Satanás e da carne. Lembrando que a eternidade nos espera em breve, jamais devemos trocar o eterno "muito bem, servo bom" de Deus pela aprovação dos homens nesta vida tão curta. A plenitude de vida, tanto agora como por toda a eternidade, tanto para nós mesmos como para as pessoas a quem temos a oportunidade e a responsabilidade de influenciar, depende desta verdade inegociável.

[1] Christian History, Edição 55, Vol. XVI, No. 3, p. 36.
[2] Ibid.
[3] The Bulletin, (Bend, OR, 4/7/98), A7.
[4] New Neutralism II, 8.
[5] World (11/3/89), 7.
[6] Ian Murray, David Martyn Lloyd-Jones: The Fight of Faith, p. 667.
[7] Foundation (9/98), 4.




Sou um Fundamentalista Bíblico, adaptado por Josias Baraúna Jr. e publicado originalmente como "Sou um Fundamentalista?", foi extraído do Jornal Evangélico Chamada da Meia-Noite, julho de 1999 - órgão informativo da Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, editora que também publica em português os livros de Hunt, tendo sido este artigo publicado anteriormente em português no Jornal Fundamentalista TBC 8/98 - órgão informativo da União Bíblica Fundamentalista.


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(Publicado anteriormente em http://selecoesbiblicasfundamentalistas.blogspot.com/2007/09/sou-fundamentalista-bblico.html

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

INVERSÃO DE VALORES II

Inversão de valores II TM 4:3-5

Vimos no primeiro estudo alguns pontos sobre a perversão dos valores;
Pudemos observar um lado moral, onde os homens instigados por satanás e entregue aos prazeres carnais deleitam-se nas práticas contrárias a natureza e a Lei de Deus.

Pudemos então observar a inversão do princípio de namoro cristão como uma base para o casamento;

A questão do ato sexual apenas no casamento; A questão do sexo dentro dos parâmetros naturais, também entramos um pouco na questão cientifica onde a maioria pervertida nega a criação bíblica e sustentam a evolução.

Hoje, no entanto veremos a inversão de valores de um lado religioso, ou seja, as perversões que temos visto no âmbito da igreja, na prática religiosa, em fim, no culto e na adoração.

O efeito da perversão da adoração instintiva a Deus é a perversão de outros instintos, que se afastam de suas funções apropriadas.

Analisando a Igreja de hoje percebe-se que ela está enfrentando duas grandes crises: Crise doutrinária e crise moral-espiritual. Ela está, como o apóstolo já previa, apostatando da verdadeira fé (I Timóteo 4:1). Vamos ver porque.

1- Perversão da doutrina bíblica

Existem muitas heresias penetrando a Igreja. Muitas dessas heresias vêm da parte dos chamados neo-pentecostais, que são o maior grupo evangélico do país,
e têm muitos canais de televisão, onde propagam suas doutrinas estranhas, mais centradas no poder do homem que no poder de Deus. Uma delas é a famosa doutrina da determinação;

Segundo esse ensino, Deus é uma espécie de gênio da lâmpada, que está na Igreja somente para realizar os nossos pedidos. A maioria dos cristãos; dessas igrejas estão lá para pedirem,

e pedirem não bens espirituais, mas materiais. A adoração passou para 2º plano, Deus já não é mais adorado em espírito e em verdade; (João 4:24), mas as pessoas somente determinam; que querem tal coisa, e Deus tem que dar de qualquer jeito. (Isso é inversão de valores)

Como diz a música do grupo Logos: Quem antes era servo agora acha-se Senhor, dizendo a Deus como Ele tem que agir. (inversão de valores). É Deus quem determina, é Ele quem exige de nós e não nós dEle.

Essas heresias estão invadindo até as igrejas em geral. Quebra de maldição, prosperidade, determinação, são palavras que estão entrando no vocabulário de muitas denominações.

O chamado Evangelho de Prosperidade está conquistando muitas pessoas e muitas igrejas. Mas será esse o evangelho de Cristo?

Vemos ainda a materialização da fé, ou seja, os fieis são levados a depositar sua fé em um copo com água, água benta, água ungida, uma peça de roupa, galho de arruda, etc.

O conhecimento bíblico na Igreja vem abaixando cada vez mais. As pessoas não querem saber mais de Bíblia. Se você pregar para esses cristãos que Maria pode curar também,
pode ter certeza que quase toda a cristandade evangélica irá buscar apoio em Maria, pois não tem conhecimento bíblico, só querem milagres e prosperidade. Seu conhecimento é superficial, não tem nenhuma profundidade.

O Apostolo Paulo escrevendo a Timóteo em 1ª TM 1:3 diz
Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina”,

Em 2ª TM 4:3 ele diz:
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências”;

É o que temos visto, muitos “doutores” teólogos que ensinam uma doutrina diferente que vai além da verdadeira doutrina bíblica.
E sobre isso o Apostolo Paulo falou:

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”. (maldito)GL 1:8,9

Ai ficamos preocupados por saber que muita gente é adepta desses grupos que pregam um outro evangelho que inverte os valores; acaso não estaria esse povo também debaixo de maldição?.

Hoje a Igreja não quer mais pregar a mensagem da cruz. Isso está fora de moda.
Não querem mais Bíblia na Igreja, querem shows e mais shows.
O negócio é a religião show!
Bíblia, oração, adoração, amor ao próximo, evangelismo, tudo isto está ultrapassado. É uma pena, o diabo está conseguindo arrebanhar milhares!

2- Perversão na adoração

A falsa adoração é denunciada, por exemplo, pelo profeta Isaías (Is 1.10) e pelo profeta Malaquias (Ml 1.10). O que é a falsa adoração? É quando o nosso coração está longe de Deus (Mt 15.8).

Em João 4.23, Jesus declara que Deus busca por pessoas que O adorem de verdade: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

A nova onda do momento chama-se a “unção dos quatro seres”
Está se tornando cada vez mais comum entre a juventude evangélica brasileira se falar na tal "unção dos quatro seres".

O que isso seria exatamente? Baseando-se em Ap.4:6-8 que descreve quatro seres viventes, um semelhante ao leão, outro semelhante a águia, outro semelhante ao novilho e outro semelhante ao homem,

alguns ministérios estão tolerando e incentivando que pessoas em estados alterados de consciência imitem os seres descritos.

Um ruge como leão, outro bate os braços como se fosse uma águia, outro imita um novilho, e o que supostamente teria a "unção do homem" começa a chorar.

Em primeiro lugar o termo "unção dos quatros seres" não aparece em nenhum lugar das Escrituras.
Em toda a historia do cristianismo, não existe qualquer referência à referida unção. Além do mais, os seres dizem: Santo, Santo, Santo, em vez de rugir, chorar ou coisa parecida.

O que temos visto é uma perversão de valores;
Em Anápolis Goiás, a vocalista do Diante do Trono:
Ana Paula Valadão aprontou umas dessas perversões;

Ela afirmou que no show em Anápolis, começou a pular, pular cada vez mais alto e de repente sentiu o desejo de se abaixar e sair andando como Leão,
Diz ela que era o Leão da tribo de Judá.

Será que Deus nos fez para andarmos como leão? Jesus é o Leão.. quantas vezes Jesus saiu andando que nem leão? se Ele que é o Leão não fez isso, temos que aturar essas coisas?

Perversão dos valores, onde a verdadeira adoração deixa de ser em Espírito e em verdade e passa a ser puro emocionalismo ou mesmo entretenimento que é o caso dos cultos em forma shows que atrai multidão.

3- O Propósito ou o fim principal do culto e adoração!

MacArthur Jr dizia o seguinte:
“Muitas pessoas acreditam que Deus aceitará qualquer coisa oferecida por adoradores bem-intencionados”.

Isso faz-nos lembrar 1ºSamuel 15 quando Samuel mandou Saul destruir os amalequitas e todos os animais que lhes pertencia; bois, ovelhas, camelos...

Saul saiu e cumpriu a ordem conforme a palavra do profeta; no entanto ele poupou a agague e ao melhor das ovelhas e das vacas,
e aos cordeiros e ao melhor que havia, e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda a coisa vil e desprezível destruíram totalmente.

Veio, pois, Samuel a Saul; e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do SENHOR; cumpri a palavra do SENHOR.
Então disse Samuel:

Que balido, pois, de ovelhas é este aos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?
E disse Saul: De Amaleque as trouxeram; porque o povo poupou ao melhor das ovelhas, e das vacas, para as oferecer ao SENHOR teu Deus; o resto, porém, temos destruído totalmente.

Por causa disso Saul pagou um alto preço: 1ºSM 15:22
Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR?

Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.

Está claro, porém, que a sinceridade ou boa intenção não é prova de um culto verdadeiro. Qualquer culto anormal ou elaborado por conta própria são totalmente inaceitáveis para Deus”

A igreja é uma comunidade comprometida com sua liturgia e ordem, para que seu culto expresse a glória do Adorado, e a obediência dos adoradores.

Nesse caso onde é que acontece uma inversão de valores aqui?
_Quando a adoração não é verdadeira, mas apenas formal. (IS 1:12) Quando vindes para comparecer perante mim...

_Quando o homem visa seu próprio bem estar!
_Quando o homem busca sua própria glória; (ig, tal.. endereço da bênção)

O texto de 2 TM 4:3-5 lido no início demonstra tudo isso que tem acontecido:
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;

E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.

É necessário sempre pregar a verdade do evangelho justamente porque muitos não a pregam. Alguns procuram atualizar o evangelho para que este seja mais agradável aos ouvintes.E com isso invertem os valores.

A Bíblia, porém, ensina que a palavra de Cristo julgará a todos no último dia
(João 12:48), e que qualquer mudança trará somente a condenação (2 João 9-10). Que diz:

“Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho”.
Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.”
A vida de Paulo é um exemplo notável deste trabalho. Encarando a certeza de sua morte, ele reflete com confiança sobre seu serviço ao Senhor.
Combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé, exatamente como ensinou Timóteo a fazer (2TM 1:13-14).

Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus.
Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.”
Todos aqueles que amam a vinda de Cristo estarão se preparando e preparando outros, com a pregação do evangelho puro, para que possam receber o galardão de Deus (4:8).

Encerro aqui usando as palavras de Judas 3:
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez por toda foi entregue aos santos”.

Pr Davi Buriti

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

INVERSÃO DE VALORES I

(1ªJoão 2:15-17)

Esta passagem, bem como muitas outras, diz-nos que o mundo está cheio do mal e da impiedade. Satanás Procura de todas as maneiras levar o homem a inverter os valores, perverter a humanidade e levá-la a perverter os preceitos divinos, a Lei de Deus.

O Texto Central diz:
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

O mundo aqui se refere aos sistema de vida, orientada por satanás e Separada de Deus. Mundo significa: os prazeres imorais e pecaminosos do povo, rebelião contra Deus, desobediência à Palavra de Deus, por falta de submissão ao senhorio de Cristo.

O mundo na Bíblia é o sistema de Satanás que se opõe à obra de Cristo na terra. Esse sistema se opõe a tudo o que é piedoso. “O mundo inteiro jaz no maligno” (1 Jo 5:19). Jesus chamou o diabo de “príncipe deste mundo” (Jo 12:31).

Satanás emprega as idéias mundanas, de moralidade sem conhecimento de Deus, filosofias carnais, psicologia satânica , desejos irracionais, governos despreparados teologicamente, cultura de um povo pagão, ciência sem os princípios bíblicos, etc...
Queremos por meio dessa palavra mostrar uma série coisas que o homem tem afirmado, na tentativa de inverter os valores estabelecidos na palavra de Deus.

É claro que o intuito principal do homem é formar uma base para se apoiar no erro que leva ao desfrute das coisas mundanas, abomináveis, pecaminosas, ainda que para isso passem por cima da autoridade da bíblia.

A Bíblia é a Palavra de Deus, inspirada, inerrante e infalível. Ela é a base de toda a nossa fé e prática,
Por isso o diabo tem investido na tentativa de danificá-la.

Todo esforço tem sido feito para corroer a fé na inspiração, infalibilidade, divindade de Cristo e sua autoridade.

Se olharmos a história veremos tentativas até de extirpar a Palavra de Deus. Não podendo destruí-la, o diabo tem investido de várias maneiras.

Vamos trabalhar nesse contexto de dois ângulos:
Numa visão Moral e outra religiosa.

Hoje veremos apenas o lado moral em que o homem tenta perverter a palavra de Deus invertendo os seus valores para o benefício próprio e carnal. (Apego ao sistema mundano)

O Primeiro destes valores que iremos mostrar tem sido realmente pervertido pelo homem a muito tempo.

1- NAMORO COMO UMA BASE PARA O CASAMENTO

Atualmente, a palavra "namoro" está fora de moda...para alguns. Agora, a maioria adolescentes e jovens "ficam". O que é QUE há de diferente?

O namoro é um momento muito importante na vida da pessoa. ficar, segundo o que os jovens definem é “passar tempo com alguém, sem qualquer compromisso.

Pode, ou não, incluir intimidades, tais como: beijos, abraços e mesmo, relações sexuais." Portanto, o ficar nada tem a ver com o namorar.

Infelizmente, quando um jovem fala sobre "namoro", no sentido sério da palavra, torna-se, muitas vezes, alvo de piada e gozação, por parte dos colegas. Isso é um resultado (da distorção dos valores morais que vem sendo feita, principalmente pelos meios de comunicação).

Nossos jovens sofrem a influência da mídia que apregoa a sensualidade e a liberação dos impulsos, sem censuras como forma de atuação prazerosa e mais autêntica, mais satisfatória.

Tal comportamento leva à promiscuidade sexual, com suas tristes conseqüências.

Na década de 60 (no Brasil, a partir de 70/80), começou uma revolução sexual na Europa, enfatizando que homens e mulheres podiam desfrutar de direitos iguais, inclusive no "sexo livre".

O que importava era a satisfação pessoal; a sensação do momento, sem a necessidade de qualquer ligação de sentimentos entre os parceiros.
A queda, de lá para cá, foi vertiginosa e, assim, o namoro foi sendo deixado de lado e houve grande adesão ao ficar.

Os jovens são pressionados a abandonar hábitos conservadores e a adotar as práticas pecaminosas ditadas pela cultura social.

A virgindade, por exemplo, deixou de ser uma honra e tornou-se vergonha. Adolescentes são questionados quanto a serem virgens e são escarnecidos quando admitem que são! Porque a zombaria?

A resposta é simples: Vivemos num mundo dominado pelas forças malignas. E a idéia principal do rei do mundo é destruir o homem.

Lamento, ver que até mesmo a igreja tem incorporado como normal muitas ações comuns ao mundo! São as reuniões “sociais” e algumas idéias insanas que as afastam do Pai.

Os namoros impuros, cheio de prazeres da carne, são formas claras e evidentes da infidelidade ao Senhor (Mt 5.28; 1Ts 4.1-8; 2Pe 2.13).

Geralmente, estes relacionamentos culminam na fornicação . É uma tragédia na vida de qualquer jovem. Fugir do pecado é uma forma sábia de agir.

2- O SEXO APENAS NO CASAMENTO
A Bíblia ensina claramente que o relacionamento sexual deve ser reservado para o casamento. A nossa cultura, no entanto, diz que não.
De fato, até mesmo ALGUMAS leis foram escritas para facilitar aos casais para que simplesmente vivam juntos, sem se casarem.

Então, por que não viver simplesmente juntos? Bem, por que não? Para encontrar uma resposta, temos que pensar cuidadosamente sobre o significado cristão do casamento.

Hebreus 13:4 vemos o seguinte: Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.

O sexo é verdadeiramente ruim?
De formal alguma!
É um canal de prazer deixado por Deus aos homens e quando praticado de forma normal e natural e dentro de uma união conjugal é totalmente aceitável.

O sexo foi criado por Deus visando à procriação, como é comum a todos os animais.

Mas, ao ser humano o Eterno permitiu que além da idéia principal de procriação, as relações sexuais fossem fonte de prazer e que naturalmente complementasse a vida conjugal (sexo, abençoado, apenas no casamento).

O diabo aproveitou-se da situação e plantou nos corações a malícia, que desencadeia toda uma série de desejos imundos, fortes o suficiente para escravizar o homem.

Os pecados sexuais são cada vez mais comuns.

Veja a seguir alguns pontos importantes sobre o sexo:
a) Deve ser praticado pelos meios naturais: (Rm 1.24-27; 6.19; Ef 4.19; Hb 13.4; 2Pe 2.10). É facilmente comprovada pela ciência a função de cada órgão de nosso corpo.

E os órgãos que foram criados por Deus para as relações sexuais, órgão feminino e o órgão masculino. Um foi feito para o outro.

1) O sexo oral & Anal - é fruto da impureza, gerada pela carne. "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia..." Gl 5.19 (Impureza - no sentido moral: impureza proveniente de desejos sexuais, luxuria, vida devassa;

Lascívia - Conduta vergonhosa, como sensualidade, imoralidade sexual, libertinagem, (luxúria). É impossível tal prática, sem que a carne esteja totalmente tomada por sentimentos poucos nobres.

2) Masturbação - Não resta-nos dúvidas quanto a pecabilidade desta pratica, ela se enquadra nitidamente entre os frutos produzidos pela carne.

"Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo.

É preciso a consciência que a vida não é nossa, somos resgatados pelo Eterno para sermos segundo a Sua vontade e instrumentos na manifestação de Sua glória.

Alguém poderia questionar:“se o sexo é permitido apenas no casamento” então tem uma questão a se discutir:...
O casamento homossexual seria aprovado por Deus? De modo nenhum!!!

O homem tem criado leis para que parceiros do mesmo sexo se unam e ainda recebam a bênção de Deus para tal união.

Vemos a mídia dar uma atenção toda especial às pessoas que vivem na prática homossexual, como se fossem especiais, homens que enaltecem a posição tomada e fazem a população engolir esta situação como totalmente normal.

Políticos ímpios e celebridades da tv, além de apoiá-los, fazem apologia a esta prática e legislam em favor desta situação no mínimo vergonhosa.

A Bíblia diz o contrário, afirma que é uma abominação um homem se deitar com outro homem como se fosse mulher, ou uma mulher se deitar com outra mulher como se fosse homem. Ver: Levítico 18.22 e 20.13

E ainda, por causa de certas abominações, tal como o homossexualismo, a terra vomitará os seu moradores. Levítico 18.25

E o apostolo Paulo chamou isto de vergonhoso, resultado de ser entregue por Deus às “ Paixões infames” Ver:
Romanos 1.24-27

No Antigo Testamento, aquele que praticava essas coisas eram expulsos da congregação de Israel e executados.
O Novo Testamento, nos mostra que aqueles que praticam, não entrarão no Reino de Deus .Ver: 1º CO 6:9-
O Apostolo Paulo mostra o homossexualismo como um estágio final da rebelião contra Deus, quando trocam a verdade de Deus por uma mentira e começam a adorar a criatura ao invés do criador, elas são entregues ao pecado.

Quando os valores são invertidos uma anarquia aparece, os homens atentam para a sensualidade de outros homens e as mulheres para a sensualidade de outras mulheres,

elas receberão o castigo em seus próprios corpos, por suas próprias ações, Ver: Romanos 1.22-27

Do ponto de vista bíblico, o advento homossexualismo é um sinal que a sociedade está no seu último estágio de declínio.

Este é o sistema mundano que João diz que não devemos tomar parte; o mundo e seus prazeres,

Um outro valor que tem sido invertido e até pervertido pelos professores atuais é a criação de Deus.
Isso faz parte do sistema mundano.

3- CRIACIONISMO, “CRIAÇÃO BANIDA”
Temos observado que nos currículos escolares não existe o ensino sobre o Criacionismo mas sim sobre o evolucionismo.

O HOMEM INSTIGADO POR SATANAS PROCURANDO SEMPRE TIRAR A GLÓRIA DE DEUS, Afirmando que o homem veio do macaco, que a terra surgiu de uma explosão.
Um fator crucial que todos nós devemos reconhecer é que a vasta maioria dos cientistas que crêem na evolução são também ateus ou agnósticos.

Há alguns que abraçam alguma forma de evolução teísta, e outros que têm uma visão deísta de Deus (Deus existe, mas não está envolvido no mundo... tudo acontece em seu curso natural).

Há alguns que genuína e honestamente examinam estes dados e chegam à conclusão de que a Evolução se encaixa mais nos dados disponíveis.

Mais uma vez, entretanto, estes representam uma porção insignificante dos cientistas que defendem a evolução.

A vasta maioria dos cientistas evolucionistas atesta que a vida se desenvolveu inteiramente SEM QUALQUER intervenção de um Ser superior.

A evolução é, por definição, uma ciência naturalista.

Que conclusão poderíamos chegar ao contemplar todas estas coisas?

Romano 1:25 declara: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.”

Quero encerrar minha palavras com um alerta da palavra de Deus: 2ªTM 3:2

1 SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.

2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

Pr Davi Buriti

A sedução da Religião show

(Isaias 1: 10-13).

Vivemos em uma era tecnológica onde a distração e o entretenimento tornaram-se a ordem do dia. Como filhos desta nossa geração, os religiosos de hoje exigem que cada momento do culto venha satisfazer suas necessidades.

Neste contexto, o culto foi transformado em um "programa" e o desejo de se obter "felicidade" é certamente maior do que o de se obter "santidade." Querem avidamente alegria, mas o comprometimento tornou-se secundário.

Julgam o culto como "agradável," não com base na instrução bíblica apresentada, mas no grau de "satisfação" pessoal alcançada.

Assim, nossa pregação tornou-se uma homilética de consenso, na qual a boa mensagem não é a que confronta nossos pecados, mas a que nos faz sentir melhor.

Além do mais, os sermões tornaram-se mais curtos porque nossa atenção e memória são curtas.

É muito triste ver que em muitas reuniões modernas se faz tudo na plataforma e o culto não é muito diferente do que teatro ou um show. As pessoas assistem, mas de verdade, adoram a Deus?.

Culto Espetáculo-Show – O pastor deixar de ser o pregador, para ser o animador de espetáculo;

A platéia se transforma num grande circo, ou casa de show, onde artistas bem pagos se apresentam com testemunhos, bandas e conjuntos de música gospel que tecnicamente rivalizam com os cantores do mundo.
Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação.

Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice.

Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela.

É nosso propósito hoje, abordarmos esse assunto “A sedução da religião show!”

É bom definirmos que, por show, nos referimos a uma apresentação artística. É isso que entendemos significar a palavra para a maioria dos brasileiros.

Sabemos que, em Inglês, show é um termo mais geral, que significa apresentação, não especificamente artística.

É notável que cantores cristãos se vestem e se apresentam de forma próxima aos padrões dos demais cantores pop.

Também notamos que coreografias e danças fazem parte dos shows cristãos. Alguns cantores são acompanhados por bailarinos em suas apresentações.

Alguns até poderiam argumentar que a bíblia menciona que Davi dançou diante da arca do Senhor e que isso seria válido em nossos dias.
Muitos dizem que esses shows gospel são uma novidade de Deus, uma revelação, ou ainda mais, que a igreja teria encontrado suas verdadeiras origens.

Entretanto queremos mostrar a luz das sagradas escrituras o quanto essas novidades tem ofendido a Deus e o quanto esse povo por mais que estejam dentro da Igreja;

Mais estão distantes de Deus e afastam-se cada vez mais do propósito primordial do culto puro e agradável a Deus.

1- Deus confronta com a rebeldia e desordem no meio do seu povo (IS 1-4)
Deus, em Sua Santa Palavra, a Bíblia, demonstra Sua reação a este mesmo tipo de religiosidade superficial, que melhor pode ser chamada de falsidade ritual, praticada pelo Seu povo.

No caso do texto lido de Isaias, Deus por meio de seu profeta confronta seu povo, Israel que estava afastado do princípio básico de adoração, nas seguintes expressões:

"Ouvi a palavra do Senhor, vós príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós povo de Gomorra.
De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? Diz o Senhor."(Isaías 1:10-11a);

A religião praticada por Israel era uma das mais bem estruturadas possíveis,
Era monoteísta, adoravam um único Deus;

Tinham um cerimonial inigualável, (lindos cânticos).
Faziam os sacrifícios cruentos de animais, pois acreditavam na purificação com o sangue conforme a lei cerimonial adotava.
Mas apesar de tudo isso, nesse contexto aqui de Isaias 1, era apenas uma religião exterior, formal; Seus seguidores eram pecadores praticantes impenitentes.

Contudo estavam lá, nas cerimônias e nos templos oferecendo seus sacrifícios com a maior naturalidade. Como se Deus aceitasse qualquer coisa de um adorador bem intencionado.

Logo vem a reprovação da parte de Deus, como vemos nos versos 11 a 13.

“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes”.

Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios?

Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembléias; não posso suportar iniqüidade, associada a reunião solene.

Fazendo um paralelo entre os Israelitas daquela época com grande parte da religião praticada hoje descobrimos que há muita semelhança.

Mas o que isso tem a ver com a Religião show? Ou os adeptos destes aberrantes eventos realizados “em nome de Deus?”.

Ai é que está a questão; sacrifícios realizados em nome de Deus, mas não da maneira agradável a Deus. Pois o sacrifício de louvor a Deus deve ser em Espírito e em verdade. (João 4:24)
Uma irmã disse a mim o que importava era o coração, ou a intenção que eles tinham; sendo verdadeira, Deus aceitaria!!! “o que vale é a intenção” dizia ela;

Nós, porém temos a consciência de que Deus não aceita qualquer coisa, feita de qualquer jeito ou por qualquer pessoa, por mais bem intencionada que esteja. (dizem que de boas intenções o inferno ta cheio)

Isso faz-nos lembrar 1ºSamuel 15 quando Samuel mandou Saul destruir os Amalequitas e todos os animais que lhes pertencia; bois, ovelhas, camelos...

Saul saiu e cumpriu a ordem conforme a palavra do profeta; no entanto ele poupou ao rei Agague e ao melhor das ovelhas e das vacas,

e aos cordeiros e ao melhor que havia, e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda a coisa vil e desprezível destruíram totalmente.

Veio, pois, Samuel a Saul; e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do SENHOR; cumpri a palavra do SENHOR.

Então disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este aos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?

E disse Saul: De Amaleque as trouxeram; porque o povo poupou ao melhor das ovelhas, e das vacas, para as oferecer ao SENHOR teu Deus; o resto, porém, temos destruído totalmente.

Por causa disso Saul pagou um alto preço: 1ºSM 15:22
Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR?

Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.

Está claro, porém, que a sinceridade ou boa intenção não é prova de um culto verdadeiro.

Qualquer culto anormal ou elaborado por conta própria são totalmente inaceitáveis para Deus”

A igreja é uma comunidade comprometida com sua liturgia e ordem, para que seu culto expresse a glória do Adorado, e a obediência dos adoradores.

Por isso Deus confrontava com seu povo quando estava em desarmonia com a sua Lei, com os seus preceitos: veja os versos 14 e 15.

Eu comparo essa passagem com a passagem de Amós 5:21-23 e é como se Deus tivesse confrontando com a euforia barulheira da religião show de hoje. Veja o texto: AM 5:21:

“Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro”.

“E ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos”.

Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.”

Deus confronta com a rebeldia desse povo!
Eles erram por não conhecer as escrituras.

Em ISAIAS 1: 2 VEMOS O SEGUINTE:
Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; porque o SENHOR tem falado: Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra mim.

O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.

Ai, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao SENHOR, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás.

Não tenho dúvida de que hoje Deus não suporta, está enojado das práticas religiosas, das supostas adorações dos supostos adoradores promotores de shows e eventos em nome de Deus.

2) Motivos pelos quais Deus não suporta a adoração da religião show.
A palavra de Deus deixa claro em Romanos 12:1 que devemos apresentar a Deus nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável que é o nosso culto racional.
Como se perdeu o significado do “culto” nos dias de hoje, ou o que hoje seria o culto racional? Pra uns é uma obrigação, para outros é um entretenimento,
Para outros ainda é à busca de solução para os problemas pessoais, ou uma tradição de família.
O “culto racional” requerido aqui — ou a adoração apropriada para aquele que vive no Espírito — transpõe a adoração para um patamar mais sublime.

Considerando que o sistema sacrifical judaico exigia que o adorador oferecesse no templo um animal ou fruto;
A vida no Espírito exige que o adorador se ofereça.

No entanto ainda é necessário observar a maneira como estamos nos oferecendo a Deus. Hebreus 12:28 temos uma idéia:

“Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e santo temor”;

Pergunto! Os shows realizados pelas religiões têm essas características?
É reverente? Tem um santo temor? Será agradável a Deus? Sua prática moderna tem base bíblica?

Alguns até afirmam que suas inovações têm base na bíblia; porém vemos uma hermenêutica distorcida distante da realidade ou dos propósitos divino.
Não passa de uma falsa adoração!

A falsa adoração é denunciada, por exemplo, pelo profeta Isaías (Is 1.10) e pelo profeta Malaquias (Ml 1.10). O que é a falsa adoração? É quando o nosso coração está longe de Deus (Mt 15.8). diz:

Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.

Em João 4.23, Jesus declara que Deus busca por pessoas que O adorem de verdade: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

A nova onda do momento chama-se a “unção dos quatro seres”
Está se tornando cada vez mais comum entre a juventude evangélica brasileira se falar na tal "unção dos quatro seres".
O que isso seria exatamente? Baseando-se em Ap.4:6-8 que descreve quatro seres viventes, um semelhante ao leão, outro semelhante a águia, outro semelhante ao novilho e outro semelhante ao homem,

alguns ministérios estão tolerando e incentivando que pessoas em estados alterados de consciência imitem os seres descritos.

Um ruge como leão, outro bate os braços como se fosse uma águia, outro imita um novilho, e o que supostamente teria a "unção do homem" começa a chorar.

Em primeiro lugar o termo "unção dos quatros seres" não aparece em nenhum lugar das Escrituras.

Em toda a historia do cristianismo, não existe qualquer referência à referida unção. Além do mais, os seres dizem: Santo, Santo, Santo, em vez de rugir, chorar ou coisa parecida.

O que temos visto é uma perversão de valores;
Em Anápolis Goiás, a vocalista do Diante do Trono:
Ana Paula Valadão aprontou umas dessas perversões;

Ela afirmou que no show em Anápolis, começou a pular, pular cada vez mais alto e de repente sentiu o desejo de se abaixar e sair andando como Leão; Diz ela que era o Leão da tribo de Judá.

Será que Deus nos fez para andarmos como leão? Jesus é o Leão.. quantas vezes Jesus saiu andando que nem leão? se Ele que é o Leão não fez isso, temos que aturar essas coisas?

Perversão dos valores, onde a verdadeira adoração deixa de ser em Espírito e em verdade e passa a ser puro emocionalismo ou mesmo entretenimento.

É o que acontece nos shows que atrai multidão.

Diante desse quadro atual, podemos apresentar alguns motivos pelos quais Deus reprova a Religião show.

Primeiro; um show não pode ser comparado com o culto puro;
Há muita diferença entre um e outro; por exemplo:

a) “No culto, a pessoa mais importante é Deus; no show, é o artista”.

Realmente, você já imaginou um desses shows sem a presença de um artista uma estrela, uma atração principal; não teria graça né verdade?

b) No culto a Deus ninguém paga, no show a entrada é mediante pagamento.

Imagine se todo culto fosse um show, coitado dos que não tem condições de pagar. Ficariam de fora, ou só entravam quando fosse um show gratuito.

c) No culto, Deus está presente; no show, Deus se faz ausente, pois sua glória não dá a outrem. IS 42:8 “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei,”

d) No culto, o ministro de Deus soleniza as celebrações; no show, o apresentador é condescendente à desenfreada desordem.
Linguajar baixo, cheio de gíria e um vocalista fazendo alguma "coisa nova", como, por exemplo, a meninice de engatinhar no palco...
É o caso lá da vocalista que não quero mais citar o nome dela.

e) No culto, o povo glorifica a Deus; no show, só gritos e assobios para o artista. Tem gente que desmaia de emoção por ver seus ídolos outros são pisoteados e feridos em meio a euforia.

f) No culto, o povo reverencia a Deus em adoração; no show, só há bagunça incontrolável.".
Por incrível que pareça, há cultos ditos evangélicos em que toda a parafernália dos shows (que sempre foram associados a apresentações para o público, e não para Deus) está presente!

Torna-se cada vez mais comum o emprego de elementos característicos dos shows em cultos “evangélicos”.

Por estes motivos e muitos outros e muitos outros afirmamos com certeza que Deus não suporta nem recebe a oferta da religião show.
Vemos em Isaias 1:13 que Deus não suporta iniqüidade associada ao ajuntamento solene.

Podemos perceber a história de Israel narrada em Isaias e associar a religião show de hoje apenas num contexto de iniqüidade do povo que se diz povo de Deus.

E onde está a iniqüidade? Basta ler DT 12:32 “Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás”.
Não precisa nem comentar; O que foi falado explica tudo!

3- A solução para a iniqüidade é o arrependimento!

para a iniqüidade e perversão do povo de Israel vemos em Isaias que eles tinham a oportunidade de se arrepender e reconhecer seu erro.

Isaias 1: 18 Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.

19 Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra.
20 Mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse.

Quanto ao desandar da moderna religião de hoje eu diria que a tendência é piorar. Estamos nos tempos ditos pelos apóstolos; tempos difíceis, trabalhosos;

O Aposto Paulo disse: Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;

Eis o tempo; Faça um teste, procure uma dessas pessoas que é acostumada a ir nos shows e leve essa pessoa para assistir um culto puro, e principalmente na hora da mensagem. Ela vai ficar inquieta, ela está seduzida pela religião show.

Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada de novidades e ao mesmo tempo iniqüidade, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela.

Fuja da sedução da religião show.

Que Deus tenha misericórdia da sua igreja!


Pr Davi Buriti