sábado, 22 de novembro de 2008

Bem-aventurados os humildes de Espírito



Bem-aventurados os humildes de Espírito. Mateus 5.1-3

- Baseado em Efésios 4.15, nosso desafio é o de crescer em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Crescemos em nossas vidas quando seguimos os ensinamentos deixados por Jesus, nosso amado Mestre.

O sermão da montanha contém os mais conhecidos ensinamentos de Jesus, e talvez os menos compreendidos e obedecidos.

Através deles, Jesus estabelece um novo sistema de valores pelo qual as pessoas devem viver, é um ensino que vai contra a cultura, na contra-mão da história.

- John Stott diz que neste sermão somos chamados a ser um povo diferente: "Nenhum comentário poderia ser mais prejudicial ao cristão que as palavras: Mas você não é diferente das outras pessoas" (J. Stott).

Ainda estamos ligados ao mundo e fazemos as coisas como o mundo faz.
- A primeira marca daqueles que são bem-aventurados - felizes, abençoados - é a humildade de espírito, são os que possuem uma consciência equilibrada de quem são e do que podem fazer, tendo a certeza de que:

1) Sua confiança está em Deus-
Precisamos esclarecer o verdadeiro sentido da expressão humildes de espírito ou de pobres (Lucas 6.20). Não se trata daquelas que possuem a falta de bens materiais (sou pobre, logo sou humilde).

A humildade não está ligada à nossa condição social, cultural ou financeira. Podemos encontrar pessoas muito cultas e ricas, porém humildes, e ainda pessoas sem nenhuma posse, mas orgulhosas em si mesmas.

É da humildade do coração que Jesus está falando, daqueles que, na aflição, confiam somente em Deus.

"Mas deixarei, no meio de ti, um povo modesto e humilde, que confia em o nome do Senhor" (Sofonias 3.12).

- O grande desafio da vida cristão é o de aprender a esperar em Deus e confiar que Dele virá o socorro (Salmos 121 e 131).

É comum muitas vezes sermos pegos querendo ajudar a Deus.
Quando as coisas estão difíceis temos sempre uma estratégia, uma pessoa influente para consultar, uma maneira diferente de fazer que irá resolver a questão. "Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio"
(Lamentações 3. 26).

- São felizes todos aqueles que entendem que podem confiar plenamente em Deus, seja qual for a circunstância, e se tornam como o monte Sião que não se abala, firme para sempre (Salmo 125.1).

2) Sua competência vem de Deus-
A humildade de espírito revela-se em nós quando permitimos que as palavras de Jesus em João 15.5 soem como música suave em nossos ouvidos: "... sem mim nada podeis fazer".

Uma oração que temos feito constantemente é a de João Batista quando afirma que "convém que Jesus cresça e que eu diminua" (João 3.30). Calvino diz que "Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito".

- Um bom exemplo deixado por Jesus está na parábola do fariseu e do publicano em Lucas 18. 9-14 "... todo o que se exalta será humilhado, mas o que se humilha será exaltado".

- Esta luta do ser humano é antiga, os discípulos por vezes foram flagrados em discussões como quem era o maior entre eles, e ainda quem iria sentar-se à direita ou à esquerda de Jesus.

A Bíblia fala da minha realidade e da sua. Ela não esconde as mazelas do ser humano, mas ela revela a suficiência da graça de Deus, até o ponto de Deus nos dizer como disse a Paulo: "A minha graça te basta".
- São felizes todos aqueles que entendem que sua suficiência vem do Senhor, e assim podem afirmar que tudo podem naquele que os fortalece (Filipenses 4.13).

3) Sua segurança é Deus-
Jamais serão desprezados aqueles que são verdadeiramente humildes de espírito, os que tremem de respeito e de obediência, que sujeitam sua razão, seus desejos e suas ações à Palavra de Deus. Isaías 57.15: "Deus habita com o contrito e abatido de espírito".

- Isaías 66.2: "Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra".

- Em um avião, sentara-se ao lado de um passageiro uma criança de mais ou menos 7 anos de idade, trazida pela aeromoça, viajando sozinha. No meio da viagem ocorreu uma tempestade causando grandes e sucessivas trepidações.

Todos os passageiros ficaram muito assustados, exceto o garoto de 7 anos. O passageiro ao seu lado, preocupado com ele, perguntou-lhe se ele estava com medo e se poderia ajudá-lo.

O garoto disse que estava bem. O passageiro voltou-se ao garoto e disse: Não entendo como você, um garoto, sozinho, todos estão assustados e você aí desenhando num papel. O garoto respondeu: Não tenho medo não, porque MEU PAI É O PILOTO.
- São felizes todos aqueles que um dia entregaram-se ao Senhorio de Jesus e podem cantar "Que segurança, sou de Jesus...".

Conclusão

HUMILDE DE ESPÍRITO
Pobre em si mesmo
Reconhece sua pequenez e limitação
Sua suficiência vem de Deus
Percebe e surpreende-se com Deus
Em tempos bons, dá louvor a Deus
Em tempos difíceis, espera por Deus
Deus não sai de seus pensamentos
Entende a soberania de Deus
Alcança contentamento na vida
Modesto interiormente
Reflete o caráter da natureza de Cristo


SOBERBO DE ESPÍRITO
Rico de si mesmo
É teimoso em achar-se capaz e poderoso
É auto-suficiente
Ignora e rejeita Deus
Em tempos bons, dá louvor a si mesmo
Em tempos difíceis, entra em desespero
Deus não entra em seus pensamentos
Entende que é superior sobre os fatos
É insaciável
Arrogante interiormente
Reflete um caráter da natureza decaída

- Ao nos tornarmos humildes de espírito, sensíveis à orientação do Rei e submissos aos valores do Reino, descobrimos a realidade da promessa de Jesus: "Deles é o Reino dos céus". O reino de Deus não será apenas algo futuro, mas o viveremos desde o dia de hoje.

Pedro Leal Júnior

http://www.ipilon.org.br/v2/content/view/1148/183/

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

SANTIDADE NA ORAÇÃO


Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
(Tg 4:11)

Amados, quando falamos em santidade na oração não poderíamos deixar de dizer que orar certo é estar certo, agir certo e viver certo. Tudo que impede oração impede santidade. Quando tudo que nos impede de orar certo for removido, o caminho estará aberto para um rápido avanço na vida espiritual. Se pudéssemos contar, dia por dia, as orações que não alcançam resultado algum, que não beneficiam o homem, nem influenciam a Deus, ficaríamos pasmados ao ver os números.
Quão lamentável é enxergarmos dentro de muitas igrejas, que o amor já se apagou por completo nos corações; e, levados por toda sorte de desejos produzidos pela carne, tornaram-se frios e desprovidos de misericórdia, duros como a pedra. Com as palavras tocam no próximo promovendo a desarmonia. É o velho homem que renasce com muita força, repleto de antigos sentimentos que são comuns aos filhos das trevas. As conseqüências são as brechas abertas nos “muros” que protegem o povo de Deus, possibilitando a ação do inimigo.

Um dos impercílios a oração é o mau uso da língua, este que por sua vez tem deixado muitas orações sem respostas.

Quero abordar quatro aspectos do uso inconseqüente da língua, são eles:

1-Fofoca; (Mexerico, intriga, bisbilhotice).
Quão lamentável, mas este mal está dentro das igrejas, numa freqüência muito maior do que imaginamos. É o “disse que me disse”, que tem levados muitos a servirem aos propósitos maléficos, verdadeiros instrumentos do diabo. Queridos irmãos, vigie o vosso falar, para que não incorram no erro e sejam considerados por todos como fofoqueiros e indignos de confiança. Não fale mal dos irmãos e ou dos líderes. Esta prática é condenada pelo Senhor em Sua palavra, veja os textos abaixo.
Lv 19:16; Pv 11:13; Pv 20:19; 1 Tm 6:20; 2 Tm 2:16; Tg 1.26

2- Calunia; (Falsa imputação (a alguém) de um fato definido como crime. Mentira, falsidade, invenção.)
Infelizmente esta prática é relativamente comum dentro do arraial, frutificando a desarmonia e uma série de conseqüência, através das quais o corpo é enfraquecido e o inimigo exaltado.
É tempo do Povo de Deus estarem vivendo em Espírito, e não permitir que as más ações encontrem terreno propício e finque raízes. 2Tm 3.1-3; Tt 3. 2; Sl 50. 20

3- Difamação; (Tirar a boa fama ou o crédito a; desacreditar publicamente; infamar, detrair; Imputar a (alguém) um fato concreto e circunstanciado, ofensivo de sua reputação.)
O ato de difamar, lamentavelmente, é visível entre os crentes. A satisfação de muitos é observar a vida alheia e destacar os erros, é prazeroso para estes falar da vida do próximo. Falam do pastor, dos presbíteros, diáconos, dos irmãos mais simples, bem como, dos que são afortunados; falam também dos políticos, do patrão e muitos mais. Enfim, tudo é motivo para apontar e falar. Tg 4.11; Sl 101.5; Pv 16:28


4- Mentira; (Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade)
O velho pecado da mentira está muito atuante entre os daqueles que se professam crentes em Deus. O diabo tem plantado a idéia que é muito mais fácil falar inverdades, a fazer uso da palavra reta. A sociedade atual tem a mentira como uma necessidade no dia-a-dia. Os servos de Deus, jamais devem compactuar com esta visão distorcida implantada pelo diabo.
Sl 34.13; Sl 52:3; Pv 14:5; Ef 4:25; 1Pe 3.10

Devemos fazer uma profunda reflexão sobre como temos usado a língua, a usamos para bem ou para o mal? Se o uso não é bênção, necessitamos rever o nosso proceder e nos empenharmos num processo de mudança, com o fim de moldar nosso agir, tomando a forma do Senhor Jesus e imitando-O. A santidade deve envolver todo o ser, inclusive o falar.

Se quisermos que nossas preces sejam atendidas precisamos analisar se não estamos enquadrados nestes tópicos que foram falados aqui.
Pois o Senhor nos chamou para sermos santos e vivermos uma vida de santidade.
A falta de santidade impedirá a oração. Os elementos que enfraquecem os nervos e músculos espirituais para as grandes lutas impedirão a oração.
Os pecados do coração que não são rejeitados, ou que não estamos lutando para vencer, interrompem a oração. Oração não pode fluir do coração que nutre ou protege o pecado, que abriga pecado de qualquer espécie. "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido" (Salmo 66.18).
Precisamos de homens e mulheres que vivam onde todos os empecilhos à oração foram removidos – pessoas cuja visão espiritual foi inteiramente purificada de névoas, nuvens e escuridão.


Rev. Davi Buriti