sábado, 21 de maio de 2011

CULTO VERTICAL x CULTO HORIZONTAL

por Rev. Santana Dória

a) O CULTO VERTICAL - Culto vertical significa: “Culto teocêntrico”: Deus é o sujeito e o objeto do culto. É desse “culto vertical” que convocados a participar, no qual Deus é Senhor absoluto e o adorador é servo, disposto a reconhecer, diante da divindade, sua insignificância, oferecer-se a ele como escravo, submeter-se à sua Palavra e às suas ordenanças. No culto verdadeiro, prestado em espírito e em verdade, o crente reconhece que DEUS É TUDO e ele não é nada. Mas, mesmo em seu estado de miserabilidade, é aceito diante do Todo Poderoso Rei dos reis. Compete ao escravo satisfazer o seu Senhor. O Culto vertical visa, portanto, “agradar” a Deus, não ao adorador (Rm 12:1). Dele o crente sai interrogando-se: Deus se agradou de mim? Comportei-me realmente como seu servo na intenção, na participação, na confissão, na adoração e na comunhão? No culto vertical o homem submete-se a Deus e ao seu governo; no horizontal, o homem submete Deus ao seu comando e à sua vontade.

b) CULTO HORIZONTAL - O culto horizontal é antropocêntrico, voltado para o homem, suas carências, seus prazeres, suas realizações e seu bem-estar. O culto, quanto mais horizontal, mais “satisfaz” o suposto “adorador”. É comum ouvir-se: “Hoje o culto me agradou; foi uma “maravilha”, “fui muito abençoado”, “sai alegre e feliz”. Esses tipos de avaliações e apreciações demonstram a indiscutível horizontalidade do culto: o homem é o centro, o alvo, o objetivo. Satisfação humana: eis o fim último do culto horizontal, no qual predominam:

a- O materialismo: busca de bens materiais (teologia da prosperidade).

b- O sensualismo: ênfase no sentimento, no prazer, no sensório, no lúdico, no hedônico: músicas românticas e sensuais, coreografias, ritmos dançantes, danças, abraços, beijos, palmas, gritarias, trenzinhos).

c- O antropocentrismo: destaque de individualidades, centralização em líderes carismáticos, “criadores de igrejas”, que a si mesmos se designam: profetas, pastores, bispos, missionários e até apóstolos. O culto vertical, reformado, é radicalmente diferente; nele não se “celebra” o divino, mas se cultua o Deus soberano, Criador de tudo, Senhor do universo e da história, Rei de seu povo.

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